Depressão: Veja o que é, e como ela age no cérebro
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
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O que é a depressão? De uma forma clássica, a doença é pensada como a alteração quantitativa e/ou qualitativa do funcionamento de alguns circuitos neuronais, especialmente os que formam parte do sistema límbico, responsável pela regulação emocional. A depressão, que afeta 350 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), é um transtorno afetivo que atinge a maneira que o indivíduo percebe a vida e a realidade que o cerca. “A depressão pode ter repercussões em diversos órgãos e sistemas”, diz o psiquiatra Gustavo Bravo.
A doença pode surgir por diferentes fatores
De acordo com o psiquiatra, processos físicos de diferentes origens podem resultar em quadros de depressão. “A doença pode aparecer como um agravamento de quadros ansiosos graves, cronificados e malconduzidos, como também de alterações primárias do humor relacionadas ou não a contextos precipitantes ou agravantes externos, como grandes perdas financeiras ou amorosas, luto, doenças graves, relações disfuncionais, etc”, explica Bravo. Em geral, estes são os casos diagnosticados como episódios depressivos maiores, que podem ocorrer no transtorno depressivo unipolar ou no transtorno bipolar do humor.
Como a depressão age no cérebro?
O psiquiatra conta que medicações que tratam a depressão modulam a atuação de alguns neurotransmissores – em especial a noradrenalina e a serotonina -, por isso, sempre se explorou a ideia de que níveis deficitários na quantidade ou no funcionamento dessas substâncias no cérebro seriam os responsáveis por causar a depressão. “Com os avanços da neurociência biomolecular, sabemos que as alterações presentes no cérebro da pessoa com depressão são muito mais complexas. Estão envolvidos outros sistemas moleculares que envolvem fatores inflamatórios, neurotróficos e hormonais”, explica Bravo.
Depressão também afeta libido e disfunções sexuais
Bravo explica que os principais sintomas físicos típicos afetam a disposição do paciente, como a interferência com os níveis de energia para atividades físicas, gerando fadiga; redução do apetite com emagrecimento e impacto nas funções gastrointestinais; queda da libido e disfunções sexuais. “O paciente com depressão sofre também com o aumento dos níveis tensionais sobre a musculatura e a diminuição do limiar de sensibilidade à dor, podendo gerar síndromes dolorosas muito desconfortáveis ou agravar dores crônicas, como a enxaqueca e as dores osteoarticulares”, conclui.
Dr.Gustavo Bravo é médico psiquiatra e atende em seu consultório, no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52 87534-1
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- 39 comentários para "Depressão: Veja o que é, e como ela age no cérebro"
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Esislene de Sousa Lima Dornela
Muito esclarecedor, principalmente quando menciona sobre sistema moleculares que envolve m fatores inflamatórios neurótroficos e hormonais.
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Fernando Trindade
Estou vivendo isso tudo, da vontade de morrer!!!
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Iracema Cardoso Buzone
Excelente matéria , Parabéns!Um alerta aos Familiares, estejam sempre ao lado de quem está nesta fase Depressiva, isto não é frescura,precisa de cuidados, carinho e de acompanhamento Psicológico, Psiquiátrico e Alternativos se necessário.Juntos: Família, Profissionais da Área , junto com medicação se necessário , viva a Vida, ela é linda e todos merecemos ser felizes.
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Mario Augusto Cadioli
O artigo é bem objetivo e mostra a complexidade dessa doença. Porém o assustador é que a maioria das pessoas sentem repulsas aos deprimidos, e isso promove um afastamento social. Já passou da hora, da saúde mental ser tratada em larga escala, precisamos de um exército de psicólogos bem preparados para fazerem a triagem e encaminhar para o psiquiatra, psicologo não tem que ficar disputando o tratamento com remédios, falou em morte e desorganização, é remédio o caminho, porque alguns remédios tiram a sensação do desejo de morte em menos de cinco dias, então o trabalho do psicanalista fica mais fácil. Não deixem de fazer trabalhos manuais, esportes, e principalmente a busca pelo prazer sexual, claro que não precisa buscar experiências sexuais arriscadas ou aquelas que não seja do seu feitio. A vida de cada um é única. Se for religioso, preste a atenção se sua religião aumenta a sua depressão, então, troque de padre, pastor ou outro líder. Se não der certo, troque de religião, mas não se aparte de Deus ou de outras entidades.
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Márcia Cristina
Estou neste momento por td isso e até gerou uma síndrome do pânico estou tentando entendendo cada vez mais sobre de onde aparecem estas dores que me dá tenho fibromialgia e sinto tantas dores musculares estou vivendo um momento muito delicado da minha vida estou muito emotiva e estou procurando me enterrar do assunto pq preciso de ajuda msm
CUIDADOS PELA VIDA
Oi Márcia Cristina, é importante entender o que está acontecendo para que você tenha ainda mais garra para enfrentar os desafios. Segue o link de outras matérias com informações para você: https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/depressao
Desejamos sucesso em seu tratamento. Abraços. -
Sandra
Bem clara a colocação do Dr.Gustavo, sobre esse mal que assola as pessoas.Pois a Saúde Pública tem muita responsabilidade em esckarecer e orientar.Mas,infelizmente já administram remédios fortíssimos Sendo que houver aa ações conjuntas da Psiquiatria x Acompanhamento psicológico.Tudo poderia ser diferente.Parabéns.
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Denisia Maria Barreto da Costa
Gostei da matéria, e principalmente dos comentários . Venho aí pelejando já ha alguns anos.Márcia Cristina, acabei de sair de um forte episódio depressivo. Só consegui ascender no tratamento quando me firmei com uma psiquiatra da área pública. Dei graças a Deus não ter recurso pra andar de consultório em consultório particular. Em 2010 cheguei a me internar por 30 dia numa clinica particular; tomei remédios que eu não precisava ter tomado; e quando vi os relatórios que o psiquiatra de lá e a direção da clinica mandavam pra o meu planos de saúde prorrogar o tempo, fique estarrecida e perguntei se era eu estava mesmo naquele quadro de saúde (?), a resposta foi enrolação pura ai eu vi a Indústria da Morte enriquecendo, alegando que estão tratando. Fiquei fazendo um tal de “Hospital Dia”por mais 3 meses. Me ajudou um tanto, mas vi e experienciei algumas coisas, a meu ver, “desnecessárias” . Algumas vezes tinha o sentimento de que tanto no sistema público como no privado, são mais favoráveis à doenças do que à.
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Cristiane
tou sentindo tudo isso é muito ruim!
CUIDADOS PELA VIDA
Oi Cristiane, consulte um psicologo ou psiquiatra. “O primeiro passo para o tratamento da depressão é o reconhecimento de que existe a necessidade de ajuda profissional” afirma o psiquiatra Antonio Viola na matéria que disponibilizarei logo abaixo. Abraços!
https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/depressao/primeiro-passo-tratamento-depressao
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Antônia Jacob
Não ouvir nenhum comentário de quem já fez o tratamento..
CUIDADOS PELA VIDA
Olá Antônia, em outras matérias é possível ver comentários de outras pessoas, veja mais matérias como esta em https://cuidadospelavida.com.br/busca/Depressao. Abraços.
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Elizabeth chousa
Sofro a dez anos e desenvolvi medos não saio sozinha e se alguém fala em morte imagino logo alguém da família. Tentei o suicídio duas vezes. Cheguei me interna para mostrar minha família que não era mimi.Hj estou controlada mais não saio sozinha. Meu marido não entendi minha falta de libido aí sinto vontade de tomar o remédio inteiro pra ele me entender. É isso.
CUIDADOS PELA VIDA
Olá Elizabeth, queda da libido e disfunções sexuais são realmente sintomas da depressão. Procure conversar com seu marido sobre os sintomas da doença, para que ele possa compreender melhor a sua situação. É importante seguir a prescrição médica para que os efeitos positivos dos medicamentos comecem a ser notados com o tempo. Abraços.
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Maria
Tenho uma leve depressão desde a adolescência que se agravou só uma vez , fiz tratamento psiquiátrico e fiquei bem até hoje!! Procurem sempre ajuda médica quando estiverem deprimidos e se lembrem sempre de orar àquele que nos fez e nos conhece e que pode sempre nos ajudar:Deus!!…
CUIDADOS PELA VIDA
Olá, Maria! Durante o combate à depressão, persistir no tratamento é um fator que ajuda o paciente a se proteger de recaídas. Quanto melhores forem os recursos psicológicos, menos impacto o transtorno provocará no cérebro. Essas e outras matérias você encontra através do nosso site, fique conosco para acompanhar. Abraços!
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