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    Pessoas com obesidade têm mais risco de ter infarto, AVC e outras complicações cardiovasculares?

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    O dia 4 de março é considerado o Dia Mundial da Obesidade, data que serve de estímulo ao conhecimento sobre o que é obesidade e sobre a importância do tratamento desta doença para uma melhor qualidade de vida. As taxas de pessoas obesas pelo mundo quase triplicaram desde 1975, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o que aumenta o risco de hipertensão, infarto, AVC e outras complicações cardiovasculares, que andam juntas com a obesidade. Venha entender mais sobre essa relação!

    Obesidade piora risco de doenças cardiovasculares

     

    De acordo com o cardiologista Fernando Montenegro, a obesidade é um fator de risco para problemas cardiovasculares, como a hipertensão: “A pessoa com obesidade tem uma diminuição da elasticidade do vaso sanguíneo, que fica mais enrijecido, aumentando o risco de hipertensão arterial. Em quem já tem hipertensão, a obesidade é um fator de risco que pode se somar à pressão alta, aumentando o risco de outras doenças cardiovasculares e contribuindo para a piora da hipertensão arterial”.
    Outras complicações ligadas à saúde do coração e da circulação sanguínea também podem surgir em pessoas obesas. “O paciente com obesidade desenvolve algumas complicações, que incluem aumento da resistência insulínica, depósito de gordura na região abdominal e nos vasos sanguíneos, aumentando o risco de aterosclerose, que culmina com o aumento de infarto e AVC”, afirma o médico.

    O tratamento da obesidade diminui as chances de ter um infarto?

     

    Segundo o cardiologista, parte importante do diagnóstico e do início do tratamento é reconhecer que a obesidade é uma doença. Depois, o primeiro passo é a mudança de hábitos de vida, o que ajuda não só no tratamento da obesidade, mas também na prevenção da hipertensão, do infarto e do AVC. “Uma pessoa obesa que faz atividade física, que tem uma alimentação saudável e que tem uma boa noite de descanso vai ter uma redução do risco de hipertensão. Reduzir o risco não significa que ela não vai ter hipertensão, já que há um componente genético. Mas, nós sabemos que a pessoa que tem uma alimentação inadequada, que tem obesidade, que é sedentária e que não consegue ter uma boa noite de sono tem um risco maior de ter hipertensão arterial”, destaca o profissional. 
    Muita gente pode até pensar que mudanças na alimentação e perda de peso são medidas suficientes para o tratamento e para evitar as complicações que a obesidade pode trazer, mas não é bem assim. “O simples fato de melhorar a alimentação não vai resolver a questão da obesidade. Qualquer perda de peso diminui o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e melhora o controle da hipertensão. Mas, uma pessoa com obesidade grau 2 ou 3 vai precisar também de tratamento medicamentoso e talvez até cirurgia bariátrica”, afirma Dr. Montenegro. 
    Por outro lado, alguém com sobrepeso ou obesidade grau 1 e mais jovem, tem muito mais chance de obter sucesso em um tratamento não medicamentoso do que uma pessoa com vida sedentária, com risco cardiovascular maior e obesidade grau 2 ou 3. 

    Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS):
    https://www.who.int/news-room/events/detail/2020/03/04/default-calendar/world-obesity-day 

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