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    A doença cardíaca reumática pode ser confundida com a hipertensão?

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    As cardiopatias são doenças que, de alguma forma, afetam a saúde do coração. Uma delas é a doença cardíaca reumática, problema grave que pode prejudicar a qualidade de vida de quem convive com ela. A cardiologista Ana Catarina Periotto conversou com a nossa equipe e esclareceu as principais dúvidas sobre essa doença e se ela pode ou não ser confundida com a hipertensão arterial. Confira! 

    O que é doença cardíaca reumática?

    De acordo com Dra. Ana Catarina, a doença reumática cardíaca é “uma enfermidade mediada por anticorpos em que o próprio organismo ataca as válvulas do coração e/ou o músculo cardíaco”. Também chamada de cardiopatia reumática crônica (CRC), é uma complicação da febre reumática, uma evolução inflamatória bacteriana de amigdalites mal curadas e que atinge de forma direta o coração. “A febre reumática não tem a ver com reumatismo nos ossos. São doenças diferentes com nomes parecidos”, alerta a cardiologista.
    A principal prevenção da doença cardíaca reumática é prevenir a febre reumática. Isso se dá com o diagnóstico e o tratamento adequado de infecções de garganta, as amigdalites, quase sempre incluindo medicações antibióticas simples e repouso. Dependendo da gravidade da amigdalite, é possível que o médico prescreva benzetacil como forma de detê-la mais rapidamente.

    Sintomas não são semelhantes à hipertensão

    A especialista destaca que os sintomas gerais incluem cansaço excessivo, palpitações e dores no peito. Além destes, outras sensações como respiração curta e acelerada, falta de ar e desmaio também podem estar associadas à doença cardíaca reumática. Por isso, embora também afete a saúde do coração, é muito difícil confundi-la com a hipertensão arterial. “Essa confusão não é comum. A hipertensão pode dar dor de cabeça e cansaço, mas na maioria das pessoas não apresenta sintoma algum”, explica Dra. Ana Catarina. 
    A doença cardíaca reumática é uma doença grave e, a partir dos primeiros sinais, é fundamental procurar um médico. O tratamento precoce, segundo a cardiologista, é importantíssimo para evitar a piora do quadro clínico do paciente. “A prevenção de novas crises reumáticas com penicilina é fundamental, pois a cada nova crise há mais destruição das estruturas cardíacas. Quando a doença já está muito avançada, uma cirurgia cardíaca de troca das válvulas ou até um transplante cardíaco podem ser necessários”, finaliza a médica. 

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