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    Bebida alcoólica boa para a saúde é mito

    Baixa Imunidade

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    Há algum tempo seria aceitável defender o uso eventual de álcool com base em alguns estudos que mostravam que o consumo moderado de vinho pode proteger contra doenças cardiovasculares devido ao resveratrol, um tipo de nutriente benéfico encontrado em uvas. “Porém, essas quantidades são pequenas para se ter o benefício”, afirmou a Dra. Renata Roxo. A dermatologista alertou que o consumo de álcool não traz benefício e, em excesso, faz mal à saúde: “O consumo prolongado de álcool pode diminuir a resposta imunológica do organismo favorecendo o aparecimento de infecções, como o herpes”.

    Um estudo recente, publicado em agosto de 2018, concluiu que nenhum consumo de álcool faz bem para a saúde. “As conclusões do estudo são claras. O álcool é um problema de saúde global. Por mais que a ingestão baixa de álcool tenha alguns efeitos benéficos, não é suficiente pelos riscos grandes de outras patologias incluindo o câncer. E o estudo ainda conclui que não existe limite seguro de álcool”, informou a dermatologista.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) reitera os resultados do estudo. De acordo com a OMS, não há uma quantidade de ingestão de bebidas alcoólicas que não acarrete risco à saúde, há apenas o consumo que oferece risco reduzido. Ou seja, uma situação ideal é a em que o álcool é eliminado completamente.

    Pode parecer uma decisão radical, mas a OMS lista algumas vantagens para os que eliminam o álcool. A entidade afirma que mesmo quem bebia moderadamente nota benefícios ao cortar as bebidas alcoólicas: eles passam a dormir melhor e se sentem mais dispostos durante o dia. Outro ponto positivo é que, para os abstêmios, é mais fácil controlar o peso.

    O álcool é danoso também para o sistema de defesa do organismo. Como explicou a Dra. Renata Roxo, “o consumo prolongado de álcool pode diminuir a resposta imunológica do organismo”. O herpes, por exemplo, é um dos vírus chamados “oportunistas”, que se manifestam quando a imunidade está em baixa. Então, evitar o consumo prolongado de álcool é uma das medidas para evitar a manifestação do vírus.

    É importante ressaltar que os riscos do álcool são ainda maiores para as mulheres. A OMS informa que, por terem uma porcentagem menor de água no corpo do que os homens, uma mesma quantidade de álcool atinge uma concentração maior para a mulher, e por isso é mais tóxica. Além disso, a enzima que quebra o álcool no organismo é produzida em menores quantidades pela mulher, o que significa que o corpo feminino leva mais tempo para se livrar da substância. Ou seja, atualmente sobram evidências que desencorajam o consumo, ainda mais o excessivo, do álcool.

    Fonte:

    SHERON, N; BURTON, R. No level of alcohol consumption improves health. Disponível em: <https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(18)31571-X/fulltext> . Acesso em Out 18.

    Sociedade Brasileira de Dermatologia. Herpes. Disponível em: <http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/herpes/68/> . Acesso em Out 18.

    Organização Mundial da Saúde. Q&A – How can I drink alcohol safely? Disponível em: <http://www.euro.who.int/en/health-topics/disease-prevention/alcohol-use/data-and-statistics/q-and-a-how-can-i-drink-alcohol-safely>. Acesso em Out 18.

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