Quais sinais indicam progresso no tratamento do autismo?
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
- COLABORARAM NESTE CONTEÚDO:
- Dr. Marcelo Calcagno Reinhardt
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Saber que o tratamento de um transtorno mental está funcionando e está melhorando a qualidade de vida é sempre um estímulo para que o paciente siga em frente com as medidas propostas. No entanto, existem diferentes níveis no autismo, o que acaba tornando mais difícil medir o progresso do tratamento. Segundo o psiquiatra Marcelo Calcagno Reinhardt, é preciso analisar cada um desses níveis.
Vida social ativa indica que o tratamento do autismo vai bem
Para casos mais leves, o progresso pode ser visto quando o paciente consegue “seguir estudando, se formar e ter seu próprio sustento quando adulto, além de ter uma vida social, mesmo que reduzida”, explica o médico. Já nos casos mais graves, a melhora no autismo é vista quando não há autoagressão ou agitação psicomotora e quando a criança é capaz de ter algum contato social e frequentar uma escola regular.
Quando o transtorno está sob controle, cada autista costuma reagir de uma maneira própria. Entretanto, existem algumas metas gerais. “O objetivo sempre é que o paciente tenha a capacidade de conviver com os demais, mesmo que com limitações, e que as pessoas aprendam igualmente a conviver com o autismo, com respeito e sem preconceito”, cita o psiquiatra.
Tratamento do autismo tem como objetivo dar autonomia ao paciente
Além disso, segundo Reinhardt, espera-se também que o autista possa desenvolver sua autonomia, suas capacidades de cuidados básicos de higiene e que consiga ter um bom desempenho na aprendizagem, dentro dos seus níveis de possibilidades. O tratamento visa ainda, em geral, em casos mais leves, que o paciente consiga se autogerir.
Quando esses objetivos são atingidos, o tratamento do autismo poderá mudar. “Em geral, o médico acompanha se há necessidade de medicação. Se não há essa necessidade, o tratamento pode ser encerrado, mas o paciente pode precisar seguir com a psicoterapia, feita com seu psiquiatra ou com psicólogo, e pode continuar precisando de outros tratamentos, com pedagogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional, por exemplo”, explica o profissional.
Dr. Marcelo Calcagno Reinhardt é psiquiatra e formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). CRM-SC: 10573
Foto: Shutterstock
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Dr. Marcelo Calcagno Reinhardt
Psiquiatria
CRM: 10573 / SC
- 6 comentários para "Quais sinais indicam progresso no tratamento do autismo?"
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Ina Andrea
Meu filho é autista quase não interage com ninguém só comigo e quando quer mais entende td tem boa percepção tá no 3 ano do 2grau e me disse que quer se formar em eletrônica mais também quero colocar ele no curso técnico de automecanica e injeção eletrônica ele sempre gostou de mexer com peças.
CUIDADOS PELA VIDA
Olá Ina. Agradecemos por compartilhar seu relato. Temos mais uma matéria sobre o tema abordado. Clique no link abaixo e confira. Até breve.
https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/autismo/atitudes-atrapalhar-portador-autismo
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Leila Percia
Tenho uma filha de 46 anos que foi diagnosticada como autista e que tem atitudes esquizoides com: repetitividade (alias é impressionante como repete as mesmas coisas inúmeras vezes, você responde e ela continua perguntando também, inúmeras vezes), não gosta de ser contrariada e quando isso acontece parte para a agressão
CUIDADOS PELA VIDA
Olá, Leila. O transtorno prejudica bastante a capacidade de comunicação, interação e fala do paciente, mas isso pode ser amenizado caso o tratamento adequado seja adotado desde cedo. O adulto autista pode encontrar evolução por meio do acompanhamento multidisciplinar com psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. Pode ser necessário o uso de medicamentos, como os antipsicóticos. O diagnóstico com uma abordagem individualizada é o ideal para definir o que deve ou não fazer parte do tratamento, visando a melhor evolução possível para o paciente. Abraços!
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Neia
Tenho uma filha de 18 anos que foi diagnosticada com autismo aos 3 anos de idade. Vivo uma angústia porque ela não quer fazer mais nem um tipo de tratamento e não quer ir mais a escola. Ela faz uso de medicações . Ela quase não sai de casa . Faço de tudo para ela voltar a fazer tratamentos e nada . Vejo que a falta de tratamento tem piorado o seu problema. Fica as vezes agressiva e fala coisas sem sentido. Faço meu papel de mãe ,dando muito amor mais sei também que ela precisa de tratamento.
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Rodrigo Batista de Carvalho
Tenho um filho de 42 anos, que quando criança, até os 7anos, se mostrava hiperativo, me aconselharam procurar um neurologista, porque talvez isto fosse disritmia. O eletroencefalograma registrou uma pequena variação, aí foi por 4 a 6 anos medicado com Tegretol. Na escola primária, as professoras alegavam que ele, sempre se mostrava distraído, aéreo, em outro mundo. Cursou o ensino médio com alguma dificuldade. Sempre com extrema dificuldade de relacionamento. passou por vários tratamentos psicológicos, sem sucesso, pois sempre abandonava a terapia. Após os 25 anos, passou a ser tratado com depressão, e somente aos 39 anos um psiquiatra em conjunto com uma psicóloga diagnosticaram o autismo em grau moderado. Está em tratamento psiquiátrico/psicológico, mas por três vezes abandonou a psicoterapia. Creio que a ineficácia do tratamento, se deveu ao atraso na diagnosticação da doença. Gostaria de uma opinião á respeito.
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