Existem fatores que aumentam as chances de ter um filho com autismo?
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
- COLABORARAM NESTE CONTEÚDO:
- Gisele Wagenführ Tridapalli
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As chances de se ter um filho autista são definidas pela combinação de alguns fatores, com destaque para a herança genética. Ou seja, se na sua família há casos de pessoas com esse transtorno, isso significa que os seus genes possuem potencial para que tal condição se manifeste. Somado a isso, há outros fatores externos que também colaboram no mesmo sentido.
Fatores de risco para o autismo
“Sabe-se que o autismo é causado por fatores genéticos e ambientais. Se há propensão genética, alguns ‘gatilhos’ ambientais podem causar autismo: alguma doença ou medicamento que a mãe usou na gravidez; prematuridade e quadros associados (crianças prematuras podem ter várias complicações, como icterícia, meningite e infecções)”, informa a psicóloga Gisele Tripadalli.
Ainda segundo a especialista, existem estudos que apontam a exposição da mãe a alguns agrotóxicos aumentando a chance de autismo. Além disso, quanto mais avançada é a idade do pai, maiores as chances do filho nascer autista. “Esses gatilhos ambientais apenas aumentam as chances. Nada disso é 100%”, ressalta a profissional.
Outras situações e comportamentos durante gravidez também possuem influência para que uma criança nasça com autismo: fazer uso de antidepressivos; fumar; estar com sobrepeso no nível de obesidade; ter diabetes e pressão alta; sofrer com gripe ou febre prolongadas são alguns exemplos.
É possível se prevenir do autismo?
Evitar o máximo possível esses fatores externos certamente ajuda a diminuir as chances do seu filho nascer com autismo, mas mesmo assim é possível que a condição se manifeste, caso a genética fale mais alto ou alguns fatores que nem sempre são controláveis ocorram (a criança nascer prematura, por exemplo). Se seu filho for diagnosticado com autismo, é fundamental iniciar o quanto antes o tratamento para que ele consiga amenizar os sintomas e ter uma vida com qualidade.
Gisele Wagenführ Tridapalli é psicóloga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, especializada em Neuropsicologia e atua em Florianópolis (SC). CRP-SC: 12/03942 – giseletridapalli.com.br
Foto: Shutterstock
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Gisele Wagenführ Tridapalli
Psicologia
CRM: 1203942 / SC
- 4 comentários para "Existem fatores que aumentam as chances de ter um filho com autismo?"
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Deise Modolo Novaes
Informações muito sensatas e verdadeiras, gostaria de receber mais informações sobre Autismo na adolescência, como saber o limítrofe entre Autismo e Adolescência, humor abalado ou hormônios? Como distinguir o adolescente Autista anti social x universo digital, onde eles nao largam o celular, jogos virtuais, também pela dificuldade social, os pais ficam perdidos, como eu. Como resolver ou amenizar essa questão no ambiente familiar e escola?Agradeço, meu filho diagnosticado autista, 16 anos, primeiro ano ensino medio.ObrigadaDeise Modolo Novaes
CUIDADOS PELA VIDA
Oi Deise, o autismo é caracterizado por déficits significativos na comunicação e na interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento. Por conta disso, o paciente tem muita dificuldade em se relacionar com outras pessoas, especialmente se elas não tiverem um discurso claro e direto, ou seja, mais adequado para seu entendimento. De acordo com a especialista Dra. Érika Mendonça de Morais para ajudar o autista, é importante tentar se expressar da forma mais clara possível, manter contato visual durante a fala, introduzir mudanças de rotina de forma lenta e manter um ambiente calmo. É de suma importância o acompanhamento com o psiquiatra para que seja indicado o tratamento mais adequado. Abraços.
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