Como o autismo afeta a vida de um adulto?
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
- COLABORARAM NESTE CONTEÚDO:
- Dra. Érika Mendonça de Morais
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O autismo é um transtorno que surge quase sempre na infância e que se mantém presente durante a vida adulta, pois não tem cura. Ele prejudica bastante a capacidade de comunicação, interação e fala do paciente, mas isso pode ser amenizado caso o tratamento adequado seja adotado desde cedo.
Diagnóstico precoce é crucial para que paciente autista tenha uma vida adulta independente
“O cenário da vida de um adulto autista vai depender do nível de comprometimento do quadro. Mas, um autista que não recebeu tratamento adequado tem chances aumentadas de chegar à idade adulta totalmente dependente para todas as atividades da vida diária, podendo ser até incapaz de se comunicar verbalmente”, informa a psiquiatra Érika Mendonça.
Sendo assim, a melhor forma de aumentar as chances de um adulto autista ser mais independente e de ter o máximo possível de qualidade de vida é receber o diagnóstico cedo, ainda na infância, e iniciar o tratamento já nesta fase. “Quanto mais cedo se faz o diagnóstico e se inicia o tratamento, melhor o prognóstico do autismo”, destaca a médica.
Medidas do tratamento do autismo
Entretanto, mesmo um adulto que não tenha recebido tratamento adequado desde a infância pode se beneficiar do tratamento, garante a especialista: “O adulto autista pode encontrar evolução por meio do acompanhamento multidisciplinar com psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo”.
Para controlar os sintomas do autismo, é essencial investir em medidas como a terapia comportamental, a musicoterapia e a terapia familiar. Ao mesmo tempo, pode ser necessário o uso de medicamentos, como os antipsicóticos. O diagnóstico com uma abordagem individualizada é o ideal para definir o que deve ou não fazer parte do tratamento, visando a melhor evolução possível para o paciente.
Foto: Shutterstock
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Dra. Érika Mendonça de Morais
Psiquiatria
CRM: 124933 / SP
- 2 comentários para "Como o autismo afeta a vida de um adulto?"
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Jaqueline Marion Corrêa Lemann
Olá. Sou mãe de um menino com autismo, acho bem importante o cuidado com alguns termos… Autismo não é doença, famílias vivem a dificuldade de lidar com a falta de entendimento das pessoas em relação às deficiência… Ouvimos pessoas nomeando nossos filhos de dentinhos ou doentes. É uma luta constante pela divulgação da nomenclatura adequads. Nomear o autismo como doença, em um material que provavelmente chegará a muitas pessoas, penso que fortalece o uso de termos como “doente”. Obrigada e espero estar contribuindo de alguma forma.
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