A umidade reduzida e as baixas temperaturas registradas no outono e no inverno demandam um maior cuidado com a saúde do corpo. Prova disso é o número de atendimentos de pessoas com doenças respiratórias, que aumenta bastante durante essa época do ano.
Tal resultado não é pura coincidência: esse tipo de problema pode ser agravado devido à exposição ao frio, como aponta o pneumologista Rodrigo Athanazio: “O ar frio está associado ao ressecamento das vias aéreas, ao aumento da inflamação e a maior chance de ocorrência de fechamento dos brônquios.” Segundo o médico, este fator é mais relevante para quem já tem problemas respiratórios. Nos pacientes com rinite, por exemplo, os sintomas podem piorar nas baixas temperaturas em associação com o descontrole da doença.
Proteja-se do frio
Mas, mesmo quem não apresenta problemas respiratórios pode sofrer as consequências do frio. Elas fazem com que as pessoas prefiram permanecer em ambientes fechados e cheios de gente, com o simples objetivo de aquecer o corpo. Estes locais com pouca ventilação propiciam a proliferação e a circulação dos agentes causadores das doenças.
Boa parte das doenças respiratórias é causada por vírus e bactérias, mas também pelo contato com mofos, ácaros e fungos. Entre os mais comuns estão o resfriado, a gripe e a rinite alérgica, enquanto a asma, a bronquite e a pneumonia são mais difíceis de tratar e, portanto, requerem mais atenção.
Os grupos de risco
Os grupos mais suscetíveis ao agravamento do estado de saúde são quem já possui problemas respiratórios, pessoas com baixa imunidade, além de crianças e idosos. Para se prevenir da piora do quadro clínico, “é importante se manter adequadamente hidratado e com bons hábitos de vida, como boa alimentação e boa qualidade do sono. Além disso, é importante evitar locais de aglomeração e ter higiene adequada das mãos”, explica Athanazio.
