Notar sintomas de asma em crianças – como tosse, chiado no peito e falta de ar – costuma ser motivo de bastante aflição entre os pais e responsáveis. Para tratar a doença, é importante manter um acompanhamento médico regular e seguir à risca as orientações do médico. Conversamos com a alergista Flávia Vasconcelos para entender melhor o que caracteriza o quadro de asma infantil e quais devem ser os cuidados adotados.
Sintomas de asma infantil: como reconhecer?
A asma é um problema mais frequente do que muitas pessoas podem imaginar! “No Brasil, cerca de 10 a 15% das crianças em idade escolar têm asma. Muitos casos são subdiagnosticados e, portanto, não são tratados adequadamente”, destaca a profissional. Por essa e outras razões, é fundamental que os cuidadores se mantenham atentos e busquem o quanto antes a opinião de um especialista.
Segundo Dra. Flávia, “os sintomas de asma infantil mais frequentes são tosse, respiração ofegante, sensação de aperto no peito, falta de ar e sibilo (que é o chiado no peito)”. O quadro é bem semelhante ao que ocorre nos adultos, sendo a principal diferença o fato de que a criança nem sempre é capaz de identificar sozinha o que está sentindo. “Às vezes, é possível observar a fala entrecortada devido à dificuldade de respirar. Estes sintomas podem variar de acordo com a intensidade da crise”, alerta a médica.
Asma em crianças: quais são os cuidados necessários?
É papel do adulto dedicar os cuidados adequados à criança com asma – o que inclui observar os sintomas, levá-la ao médico para averiguar o quadro, perceber os gatilhos das crises e fazer o tratamento preventivo da doença. “Além dos cuidados com o ambiente, tanto em casa quanto na escola, como evitar acúmulo de poeira, cuidar da higiene dos animais domésticos e evitar a exposição ao tabaco, é preciso conscientizar as famílias sobre a importância do tratamento continuado, no longo prazo”, orienta a alergista.
Como é feito o tratamento da asma infantil?
O tratamento da asma em crianças não é diferente das medidas indicadas para tratar a asma em adultos. De acordo com a Dra. Flávia, “a principal forma de tratamento, tanto em crianças quanto em adultos, é o uso do corticoide inalatório, que pode ou não ser associado a uma medicação broncodilatadora de ação prolongada”. Além disso, o médico responsável pode prescrever medicações específicas para os momentos de crise, que são os broncodilatadores de curta duração. “Devemos estar cientes de que a asma é uma doença variável. Então, em cada caso, os medicamentos e as doses devem ser individualizados e reavaliados periodicamente”, conclui a especialista.