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    Asma assintomática: é possível não apresentar qualquer sintoma da doença?

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    A asma é uma das doenças respiratórias mais comuns: a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) estima que existam cerca de 20 milhões de asmáticos no Brasil. No entanto, nem todo mundo que é diagnosticado com a doença apresenta os clássicos sintomas de asma, como chiado, tosse e a temida falta de ar. Para responder essa pergunta sobre asma assintomática, entrevistamos o pneumologista José Eduardo Martinelli. Confira!

    Asma: sintomas podem desaparecer?

    De acordo com o pneumologista, a asma assintomática é, na verdade, um mito: “Todo paciente asmático manifesta sintomas. O que ocorre é que a asma é uma doença obstrutiva totalmente reversível. Logo, quando o paciente está fora da crise, você não sabe dizer se ele é asmático ou não, a não ser que ele te diga. Pelos exames, prova de função pulmonar ou radiografia, o paciente não vai apresentar absolutamente nada. Porém, ele pode de um momento para o outro entrar em crise e os sintomas aparecerem”.

    O que pode ocorrer, na verdade, é a remissão dos sintomas. “A pessoa nasce com o problema, que vai se manifestar mais cedo ou mais tarde. Muitas vezes, o que se chama de asma assintomática quer dizer somente que a pessoa entrou em remissão. As crianças, por exemplo, entram em remissão a partir dos 10 anos, deixando de ter crises. Essa remissão pode durar 5 anos, 10 anos, até voltar a ter sintomas, ou até mesmo a vida toda”, afirma o especialista.  

    Tratamento para asma promove a remissão dos sintomas

    Apesar de ser crônica, os sintomas da asma têm cura. “A intenção do tratamento é deixá-la assintomática”, pontua Dr. Martinelli. “É possível utilizar uma série de medicamentos de dois tipos: o remédio para asma preventivo e o que trata o momento da crise (como a bombinha para asma)”, explica o pneumologista. Saindo da crise, de acordo com o médico, o objetivo é evitá-la ou no máximo espaçá-la ao máximo. Lembre-se de que o tratamento da asma deve ser seguido à risca mesmo na ausência dos sintomas, com o objetivo de prevenir limitações, como a falta de ar persistente. 

    Dr. Martinelli atenta para o fato de que, durante o inverno, é mais comum que problemas respiratórios surjam. Isso se deve ao fato de que doenças como a gripe e resfriados, muitas vezes, se manifestam de maneira sazonal, graças à facilidade de transmissão causada pelo maior enclausuramento em ambientes fechados. Por isso, é ideal conferir com o seu médico a melhor forma de evitar situações que podem desencadear os sintomas de asma e bronquite. Uma das formas de combate ao problema é a vacina da gripe, que deve ser tomada todos os anos. 

     

    Dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT): https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria-asma/

    Foto: Shutterstock

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