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    Síndrome do pânico: os cuidados que devem ser tomados contra uma recaída

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    Quem tem síndrome do pânico sabe que o sucesso do tratamento depende, em parte, da dedicação do paciente. A doença é caracterizada por ataques repentinos e intensos de medo e ansiedade e a falta de cuidados e de atenção ao tratamento pode provocar recaídas e colocar em risco todos os avanços conseguidos com a ajuda médica.

    Momentos de estresse intenso favorecem recaídas


    “As recaídas podem ocorrer para alguns portadores em decorrência de um ou mais
    acontecimentos de vida que levem a uma sobrecarga emocional, enquanto para outros poderá ocorrer de forma espontânea, sem a necessidade de estressores”, afirma o psiquiatra Ricardo Torresan. Perder um familiar ou um amigo querido, se divorciar, perder o emprego ou mudar de cidade são alguns exemplos de situações que podem abalar o paciente emocionalmente.

    A falta de um tratamento adequado também tem sua parcela de responsabilidade, como diz o profissional: “A interrupção precoce do tratamento, não completando a manutenção adequada da terapia farmacológica, também pode ser um fator para a recorrência do transtorno do pânico”. Por outro lado, o médico explica que uma parte dos pacientes nunca sofrerá com as recaídas da síndrome.

    Comorbidades dificultam o tratamento da síndrome do pânico


    Outro fator que pode facilitar recaídas é a presença de comorbidades. Isso significa dizer que o desenvolvimento de um ou mais distúrbios mentais simultaneamente em um paciente que já foi diagnosticado com a síndrome do pânico torna mais suscetível a ocorrência de recaídas. A depressão e o transtorno de ansiedade generalizada estão entre as doenças que mais aparecem nesses casos.

    Para os pacientes em que existe a associação entre duas ou mais doenças, o médico deverá prescrever o tratamento com terapias, como a psicoterapia, medicações e outras medidas capazes de abordar todos os transtornos e, assim, evitar recaídas. Manter um estilo de vida saudável, sem grandes cargas de estresse e ansiedade também é essencial no combate ao transtorno do pânico.

    Dr. Ricardo Cézar Torresan é psiquiatra, graduado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)  e atua em Botucatu. CRM-SP: 100415

    Foto: Shutterstock

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