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    Existem diferenças entre síndrome do pânico e agorafobia? Psiquiatra explica!

    Ansiedade

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    Tanto a síndrome do pânico quanto a agorafobia tem as crises de ansiedade exagerada como principal característica e são classificadas como transtornos de ansiedade. No entanto, existem algumas diferenças importantes entre as duas condições e que levaram a comunidade médica a separá-las na última atualização do Manual Diagnóstico e Estatístico Para Transtornos Mentais, obra da Associação Americana de Psiquiatria e referência no mundo todo.

    Agorafobia está associada a crises de pânico em locais públicos


    A síndrome do pânico é uma doença psiquiátrica marcada pelos ataques de pânico. “São
    crises de ansiedade súbitas e inesperadas que atingem um pico em até dez minutos, com sintomas físicos intensos, como tremores, sudorese, sensação de sufocamento ou asfixia, dor no peito e medo de ‘perder o controle’ ou ‘enlouquecer'”, afirma a psiquiatra Luciana Staut. Há casos de pessoas que acreditam que estão sofrendo um AVC por causa dos sintomas.

    Já a agorafobia se apresenta como um medo de ter crises de ansiedade, com sintomas parecidos aos de um ataque de pânico, mas em locais públicos ou em lugares em que o atendimento médico seja dificultado, como em túneis e elevadores. Outros exemplos comuns são locais de shows e multidões e até mesmo durante viagens de avião, navio ou ônibus.

    O tratamento da agorafobia e do transtorno do pânico é o mesmo


    “Esta divisão ocorreu pois se observava que muitas pessoas apresentavam a agorafobia sem nunca terem apresentado ataques de pânico”, explica a profissional. No entanto, pacientes com transtorno de pânico podem desenvolver também a agorafobia, a partir do momento em que passam a ter medo constante de ter novas crises de pânico.

    Por outro lado, o tratamento da síndrome do pânico e da agorafobia se baseiam nas mesmas medidas. “O tratamento farmacológico é feito com o uso de antidepressivos e, em geral, no início, pode ser necessário o uso de medicamentos específicos para as crises. Outras classes podem ser utilizadas para potencializar o tratamento ou atuar em comorbidades”, afirma Luciana. A terapia cognitivo-comportamental, assim como praticar exercícios físicos e não consumir cigarros e cafeína, também são medidas importantes.  

    Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut é psiquiatra, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e atende em Cuiabá (MT). CRM-MT: 6734

    Foto: Shutterstock

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