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    Quais são as consequências do abandono do tratamento de Alzheimer? A doença pode acelerar a progressão?

    Alzheimer
    Sintomas

    Por Dr. José Eduardo Martinelli e Dr. Ricardo Komatsu

    30 de abril de 2018

    Cuidar de um paciente com mal de Alzheimer não é fácil. Dependendo do estágio da doença, o idoso pode precisar de ajuda para tomar banho, trocar de roupa e até para comer. Hoje, com o tratamento adequado, é possível viver bem e desacelerar a piora dos sintomas da doença. No entanto, suspender o uso ou trocar as medicações pode colocar todos os avanços em risco.

     

    Interromper o tratamento do Alzheimer piora sintomas da doença

     

    “O abandono do tratamento medicamentoso do Alzheimer só deve ocorrer sob recomendação médica, nos casos em que há comorbidades que contraindiquem o uso das medicações anticolinesterásicas”, afirma o geriatra Ricardo Komatsu. Se você ou o idoso não estiverem de acordo ou estejam enfrentando dificuldades com algum aspecto do tratamento, é essencial conversar com o geriatra antes de tomar qualquer decisão.
    “Abdicar dos medicamentos sem que haja recomendação pode não só acelerar a progressão da doença como também acarretar em grandes prejuízos à qualidade de vida do paciente no longo prazo, uma vez que o tempo em que ele estará apto a exercer suas atividades e a interagir com os demais pode ser consideravelmente reduzido”, diz o profissional.

     

    Medicação indicada para Alzheimer ajuda a melhorar a memória recente

     

    De acordo com o geriatra e pneumologista José Eduardo Martinelli, a prescrição dos medicamentos de ação anticolinesterásica tem como objetivo melhorar a memória e algumas alterações no comportamento do seu familiar com Alzheimer. “O mecanismo pelo qual isso ocorre leva a um aporte maior da acetilcolina na fenda sináptica, provocando uma melhora na memória recente”, explica o especialista.
    Martinelli diz que, antes de ter esse medicamento à disposição, a expectativa de vida do idoso diagnosticado com mal de Alzheimer era de apenas cinco anos. Já com o uso, o prognóstico melhorou consideravelmente, em especial, se outras medidas forem adotadas, como atividades cognitivas, alimentação saudável, controle de outras doenças e convívio com a família.

     

     

     

    Foto: Shutterstock

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