Os médicos recomendam que seus pacientes realizem em si próprios ou nos filhos a chamada higiene ou lavagem nasal. É um processo que ajuda a evitar o acúmulo de secreções e de resíduos no nariz, que pode ser prejudicial à saúde do corpo por favorecer o desenvolvimento de infecções virais e processos alérgicos e inflamatórios, como crises de rinite, sinusite, gripe e resfriado.
Higiene nasal pode ser feita três vezes ao dia
Segundo a otorrinolaringologista Luísi Rabaioli, não há uma frequência exata para fazer a higiene nasal, mas sim recomendações que variam para cada paciente: “Na maioria dos casos, recomenda-se três vezes ao dia. Essa frequência, entretanto, pode ser modificada de acordo com a doença apresentada”. Quanto maior o volume de secreção nas fossas nasais, mais difícil será manter o nariz limpo e, portanto, maior será a frequência.
O hábito de fazer a higiene nasal não tem contraindicações e é recomendado para todas as idades, de acordo com a profissional. O processo, que deve ser realizado com soro fisiológico, tem papel de prevenir diversos problemas de saúde, hidratando a mucosa nasal, removendo potenciais agentes agressores e desobstruindo a respiração, tornando-a mais confortável.
Aprenda como fazer a higiene nasal
Limpar o nariz não é difícil. “A higiene nasal pode ser realizada de forma bem simples, com soro fisiológico injetado nas narinas por meio de uma seringa. Existem também outras apresentações e dispositivos com o mesmo objetivo”, afirma Luísi. Entre eles, estão sprays e jatos contínuos. Porém, todos costumam ser bastante eficazes e a escolha fica a critério do paciente. Se optar pela seringa, é importante lavá-la depois do uso.
A especialista lembra que é importante manter a cabeça levemente inclinada e trancar a respiração no momento da lavagem, assim como utilizar o soro fisiológico em temperatura ambiente, já que o produto pode causar desconforto se estiver muito frio. Nas crianças, o ideal é que elas estejam sentadas. Nem sempre a quantidade injetada sairá pela outra narina, mas não há problema porque o soro pode ser engolido por qualquer pessoa.
Dra. Luísi Rabaioli é otorrinolaringologista, formada em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e atende em Novo Hamburgo (RS). CRM-RS: 36861
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