O coração e todo o sistema cardiovascular exercem funções vitais para o corpo humano. Neles, qualquer alteração pode prejudicar todo o organismo. A hipertrofia ventricular esquerda é uma dessas alterações. Trata-se de uma doença bastante comum, caracterizada pelo aumento da espessura do músculo da parede do ventrículo esquerdo, câmara do coração responsável por bombear o sangue para todo o corpo.
Hipertrofia ventricular esquerda aumenta chance de morte súbita
Estudos demonstraram que o problema aumenta o risco de desenvolver algumas doenças, como insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), doenças coronarianas e até de morte súbita. O diagnóstico precoce ajuda a evitar essas complicações. Ele é feito por meio de exames conduzidos por um cardiologista.
“Durante o exame físico, pode-se observar indícios da hipertrofia ventricular esquerda. O eletrocardiograma é um bom exame, mas tem especificidade baixa. O exame mais indicado é o ecodopplercardiograma, que é capaz de avaliar a estrutura e a função do coração”, afirma o cardiologista Guilherme Utsumi.
Segundo o médico, a hipertrofia ventricular esquerda é uma resposta adaptativa do coração à hipertensão arterial crônica e também está presente em casos de obesidade e de doenças nas válvulas cardíacas. “A pressão arterial elevada representa o aumento da resistência à passagem do sangue pelas artérias do corpo, exigindo maior força por parte do coração e, consequentemente, hipertrofiando o miocárdio”, afirma o profissional.
Essa condição tem tratamento? Como funciona?
O diagnóstico precoce acaba facilitando também o sucesso do tratamento, que deve ser feito com a redução e o controle da pressão arterial. “Algumas classes de medicações, como os inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) e os Bloqueadores de Receptores de Angiotensina II (BRAs), apresentam maior redução do ventrículo esquerdo”, destaca Utsumi.
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