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    O que é a esquizofrenia paranoide? Psiquiatra explica os sintomas dessa variação da doença

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    Por Dr. Carlos Henrique Oliva

    19 de abril de 2016

    A esquizofrenia paranoide é uma das principais subdivisões dessa doença mental. É considerada uma das patologias mais graves da psiquiatria, além de ser crônica e evolutiva. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30% dos casos de esquizofrenia apresentam remissão completa ou quase completa dos sintomas. “A esquizofrenia compreende subgrupos com características peculiares. Por exemplo, podemos citar a esquizofrenia hebefrênica, esquizofrenia simples e a própria esquizofrenia paranoide. Essa forma é a mais frequente e clássica, sendo o protótipo das esquizofrenias”, explica o psiquiatra Carlos Henrique Oliva.

    Quais os sintomas da esquizofrenia paranoide?

    A esquizofrenia pode ter características diferentes e particulares referentes a cada fase em que se encontra. Confira a lista dos sintomas mais comuns:

    – Isolamento social, problemas de concentração, prejuízo de higiene pessoal, fatores que afetam a vida profissional e pessoal do indivíduo;
    – Fases de calmaria intercalada de episódios psicóticos;
    – Crenças irreais (polícia ou ladrões perseguindo, vizinhos com má intenções, influência de espíritos maus ou demônios);
    Alucinações predominante auditivas (escutando pessoas falando mal, acusando, xingando, ordenando ações mesmo estando longe das possíveis fontes sonoras do evento);
    – Desorganização do pensamento observadas em falas confusas com ideias não claras, difíceis de compreender.

    Esquizofrenia paranoide pode exigir internação do paciente

    De acordo com o psiquiatra, além de medicamentos, a a esquizofrenia paranoide pode levar o paciente à internação dependendo da fase em que a doença se encontra. “Em episódios psicóticos, muitas vezes é necessária a internação (entre 72 horas a até alguns dias) devido ao estado de agitação e confusão mental do paciente, difíceis de serem adequadamente manejados apenas pela família. Nos momentos mais calmos e controlados da doença, o tratamento é adequadamente mantido pelas consultas ambulatoriais”, afirma o médico, ressaltando que o tratamento deve ser complementado com psicoterapia, terapia ocupacional, psicopedagogia, entre outras especialidades.

    O paciente com esquizofrenia paranoide consegue viver normalmente com o tratamento?

    Essa é uma resposta complexa, de acordo com Oliva. “Viver normalmente é algo difícil de definir. Ainda que existam evidentes variações de gravidade entre pacientes com esquizofrenia, não podemos nos furtar às necessidades especiais que estes pacientes tem durante a vida, como o acesso a um ótimo serviço de saúde mental e acompanhamento das dificuldades emocionais e financeiras dos familiares. Ainda assim, quando bem tratado, o paciente consegue voltar a estudar, trabalhar e ter relacionamentos interpessoais saudáveis”, garante o psiquiatra.

    A ajuda da família do paciente é fundamental

    Segundo o médico, a esquizofrenia paranoide muitas vezes traz períodos em que o paciente não tem condições de escolher o que é melhor para si, por estar alheio à realidade, ficando evidente a necessidade da ajuda dos familiares. “A ajuda vem desde o suporte aos prejuízos de autonomia básica (higiene, alimentação, etc) do paciente, quando necessário, até em auxiliar o médico na observação de mudanças sutis de comportamento que podem ser aviso de novas crises psicóticas e que, quanto mais cedo identificadas, maior a chance de frear a evolução dos sintomas e demais problemas”, conclui o médico.

    Foto: Shutterstock

    Fonte do Ministério da Saúde: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-esquizofrenia-livro-2013.pdf

     

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