O zolpidem deve ser usado com cautela caso
você apresente síndrome da apneia do sono
(doença onde ocorre interrupção da respiração
durante o sono) e miastenia gravis (doença que
acomete os nervos e os músculos (neuromuscular), cuja principal característica é o cansaço). Não use este medicamento se você já apresentou sonambulismo ou outros comportamentos incomuns (como dormir enquanto dirige, se
alimenta, faz uma ligação de telefone ou durante o ato sexual etc.) enquanto não estiver totalmente acordado.
Você deve utilizar Zolfest Spray uma vez durante a noite (dose única) e não tomar mais de uma
dose durante a mesma noite. Tomar conforme
prescrito pelo médico e não deve exceder 10 mg.
• Risco do uso concomitante com opioides
O uso concomitante de opioides com benzodiazepínicos ou outros fármacos hipnóticos sedativos, incluindo zolpidem, pode resultar em sedação, depressão respiratória, coma e óbito. Em
virtude destes riscos, seu médico deverá prescrever o uso concomitante de opioides e benzodiazepínicos apenas se as outras alternativas terapêuticas disponíveis forem inadequadas para
você.
Caso seja decidido pela prescrição de zolpidem
concomitantemente com opioides, seu médico
deverá prescrever a menor dose eficaz com duração mínima de uso concomitante e um acompanhamento de perto deve ser realizado quanto
aos sinais e sintomas de depressão respiratória
e sedação (vide “Interações Medicamentosas”).
• Insuficiência respiratória (redução da função respiratória)
Como os hipnóticos têm a capacidade de causar
depressão respiratória, você deve ter cautela no
uso caso tenha a função respiratória comprometida (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar”).
• Insuficiência hepática (redução da função
do fígado)
Você não deve usar zolpidem caso tenha insuficiência hepática severa (disfunção grave do fígado) uma vez que pode contribuir para encefalopatia (disfunção cerebral). (Vide “Como devo usar este medicamento?”, “Quando não devo
usar este medicamento” e “Quais os males que
este medicamento pode me causar?”).
PRECAUÇÕES
A causa primária da insônia deve ser identificada sempre que possível e os fatores causais
tratados antes da prescrição de um hipnótico.
A falta de efeito do tratamento após 7 a 14 dias
de uso pode indicar a presença de um distúrbio
físico ou psiquiátrico primário e você deve ser
reavaliado cuidadosamente pelo médico em intervalos regulares.
• Pacientes pediátricos
A segurança e eficácia de zolpidem em pacientes
com idade inferior a 18 anos não foram estabelecidas. Portanto, o zolpidem não deve ser prescrito nesta população (vide “Como devo usar este
medicamento? – Populações Especiais”).
• Pacientes idosos
Pacientes idosos ou debilitados podem apresentar uma sensibilidade maior aos efeitos do zolpidem. Caso você seja idoso ou esteja debilitado, recomenda-se uma dose de 5 mg (a dose de 10 mg
não deve ser excedida). Recomenda-se um acompanhamento mais rígido neste tipo de paciente. A
posologia preconizada para pacientes acima de
65 anos deve ser rigorosamente seguida.
• Pacientes com doença psicótica
Hipnóticos como o zolpidem, não devem ser a
medicação principal para o tratamento de pacientes psicóticos.
• Amnésia (diminuição considerável ou perda
total da memória)
Sedativos e hipnóticos como o zolpidem podem
causar amnésia anterógrada (perda da memória
para fatos que aconteceram logo após o uso do
medicamento), que em geral ocorre algumas horas após administração. Por essa razão, aconselha-se tomar o medicamento imediatamente antes de deitar, sendo importante assegurar condições favoráveis para um sono ininterrupto de
7-8 horas.
• Ideação suicida e depressão
Vários estudos epidemiológicos demonstraram
um aumento da incidência de suicídio e tentativa
de suicídio em pacientes com ou sem depressão,
tratados com benzodiazepínicos e outros hipnóticos, incluindo zolpidem. A relação causal não
foi estabelecida.
Como acontece com outros medicamentos sedativos/hipnóticos, o zolpidem deve ser administrado com cautela em pacientes que apresentam
sintomas de depressão e que podem apresentar
tendências suicidas. A menor dose possível deve
ser empregada nesses pacientes para evitar a superdose intencional. Depressão preexistente pode ser desmascarada durante o uso de zolpidem.
Considerando que insônia pode ser um sintoma de depressão, o paciente deve ser reavaliado
caso ela persista.
• Outras reações psiquiátricas e paradoxais
(contrárias)
Outras reações psiquiátricas e paradoxais como: exacerbação da insônia, pesadelos, nervosismo, irritabilidade, agitação, agressividade,
acessos de raiva, ideias delirantes, alucinações,
comportamento inapropriado e outros distúrbios
de comportamento, podem ocorrer com o uso de
sedativos e hipnóticos, como o zolpidem. Nesse caso, o medicamento deve ser descontinuado.
Essas reações são mais prováveis de ocorrer em
idosos.
• Sonambulismo e comportamentos associados
Este medicamento pode causar:
- Sonambulismo ou outros comportamentos
incomuns (como dormir enquanto dirige, se alimenta, faz uma ligação de telefone ou durante
o ato sexual etc.) enquanto não está totalmente
acordado. Alguns destes comportamentos têm
sido associados a ferimentos graves e até morte.
- “Delirium” (uma mudança repentina e grave
no estado mental que faz com que uma pessoa
pareça confusa ou desorientada).
Na manhã seguinte, você poderá não lembrar
o que fez durante a noite. Essas atividades podem ocorrer se você ingerir ou não álcool junto
com zolpidem ou tomar outros medicamentos
que lhe deixem sonolento. Se você apresentar
algum dos comportamentos acima, o tratamento com este medicamento deve ser interrompido e você deverá contatar o seu médico ou um
profissional de saúde.
• Comprometimento psicomotor
Como outros medicamentos sedativos/hipnóticos, o zolpidem tem efeitos de depressão do SNC.
O risco de comprometimento psicomotor, incluindo prejuízo na habilidade de dirigir, é aumentado se o zolpidem é administrado em menos
de 7-8 horas antes o início das atividades que
requerem alerta mental; se é utilizada uma dose mais alta que a recomendada; ou se o zolpidem é coadministrado com outros depressores
do SNC, álcool, ou com outros medicamentos
que elevam a concentração sanguínea de zolpidem (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
• Tolerância
Alguns sedativos/hipnóticos como o zolpidem
podem apresentar perda de eficácia dos efeitos
hipnóticos após uso prolongado por algumas semanas.
• Dependência
O uso do zolpidem pode levar ao desenvolvimento de abuso e/ou dependência física ou psíquica. O risco de dependência aumenta com a
dose e a duração do tratamento. Fale com seu
médico ou farmacêutico se você já apresentou
distúrbios psiquiátricos ou histórico de abuso
ou dependência de álcool e drogas. Casos de dependência foram relatados com maior frequência em pacientes tratados com zolpidem de liberação prolongada por mais de 4 semanas. O risco de abuso e dependência é também maior em
pacientes com histórico de distúrbios psiquiátricos e/ou abuso de álcool ou drogas. Zolpidem
deve ser utilizado com extrema cautela caso você esteja utilizando ou possui histórico de abuso
de álcool e drogas.
Na presença de dependência física, a descontinuação abrupta do zolpidem pode causar o aparecimento de sintomas de abstinência: cefaleia,
dor muscular, ansiedade, tensão, agitação, confusão e irritabilidade.
Em casos severos, os seguintes sintomas podem
ocorrer: desrealização (alteração da sensação a
respeito de si próprio), despersonalização (alteração da sensação de realidade do mundo exterior sendo preservada a sensação a respeito de
si mesmo), hiperacusia (sensibilidade dolorosa
a sons), dormência e formigamento das extremidades, hipersensibilidade (sensibilidade aumentada) à luz, barulho e a contatos físicos, alucinações, “delirium” e convulsões.
• Insônia de rebote (reaparecimento de insônia às vezes mais grave do que aquela que
motivou o tratamento)
A interrupção abrupta de um tratamento com
hipnóticos com posologia e duração acima das
recomendadas pode provocar insônia de rebote
transitória (reaparecimento de insônia às vezes
mais grave do que aquela que motivou o tratamento) e pode também causar outros sintomas
(alterações do humor, ansiedade, agitação). Portanto, é importante que o paciente seja alertado
quanto a este fenômeno e a posologia deve ser
reduzida gradualmente para minimizá-lo.
No caso de sedativos/hipnóticos com curta duração de ação, o fenômeno de retirada pode se
manifestar dentro do intervalo de dose.
• Lesões severas
Devido às suas propriedades farmacológicas, o
zolpidem pode causar sonolência e diminuição
do nível de consciência, que pode levar a quedas
e, consequentemente, a lesões severas.
• Pacientes com síndrome do QT longo (doença hereditária cardíaca caracterizada pelo prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma e por um alto risco de arritmias potencialmente fatais).
Um estudo eletrofisiológico cardíaco in vitro
demonstrou que sob condições experimentais,
utilizando concentrações muito altas e pluripotentes de células tronco, o zolpidem pode reduzir o hERG relacionado aos canais de potássio. As consequências potenciais em pacientes
com síndrome do QT longo congênito são desconhecidas. Como precaução, seu médico deve
considerar cuidadosamente a relação risco/benefício do tratamento com zolpidem caso você
seja diagnosticado com síndrome do QT longo
congênito.
Gravidez
O uso de zolpidem não é recomendado durante a gravidez.
Estudos em animais não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos em relação à toxicidade reprodutiva.
O zolpidem atravessa a placenta. Uma grande
quantidade de dados coletados de estudos de
coorte não demonstrou evidência de ocorrência
de malformações após exposição a benzodiazepínicos durante o primeiro trimestre de gravidez. No entanto, em certos estudos epidemiológicos caso-controle, observou-se aumento da incidência de fissura labial e palatina com benzodiazepínicos.
Casos de movimento fetal reduzido e variabilidade da frequência cardíaca fetal foram descritos após a administração de benzodiazepínicos durante o segundo e/ou terceiro trimestre da
gravidez.
A administração de zolpidem durante a fase final da gravidez ou durante o trabalho de parto, foi associada com efeitos na criança recém-
-nascida, como temperatura do corpo abaixo do
normal, diminuição do tônus muscular, dificuldades na alimentação (o qual pode resultar em
baixo ganho de peso e depressão respiratória
em razão do modo como o medicamento age.
Casos de depressão respiratória severa em recém-nascidos foram reportados.
Além disso, crianças nascidas de mães que utilizaram sedativos/hipnóticos cronicamente durante os últimos estágios da gravidez podem ter
desenvolvido dependência física e existe o risco de desenvolverem sintomas de abstinência
(sintomas decorrentes da falta do medicamento) após o nascimento. Recomenda-se o acompanhamento adequado do recém-nascido no período pós-natal.
Se você se encontra em idade fértil, avise o médico quando houver intenção ou suspeita de gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica.
Amamentação
Embora a concentração de zolpidem no leite
materno seja baixa, ele não deve ser utilizado se
você estiver amamentando.
Outros grupos de risco
- Deve-se tomar extremo cuidado com pacientes com histórico de alcoolismo ou dependência a drogas.
- Deve-se ter cuidado com pacientes com insuficiência hepática, pois nesses pacientes, clearance e o metabolismo do zolpidem estão reduzidos. Por isso, nesses casos, a dose inicial deve
ser de 5 mg e pacientes idosos devem ter atenção especial. Caso a resposta clínica em adultos
(abaixo de 65 anos) seja inadequada e o medicamento bem tolerado, pode-se aumentar a dose para 10 mg.
Alterações na capacidade de dirigir veículos
e operar máquinas
Caso você dirige veículos ou opera máquinas
pode haver a possibilidade de risco de reações
adversas incluindo sonolência, tempo de reação prolongado, tontura, visão borrada ou visão dupla e redução do estado de alerta e condução prejudicada na manhã seguinte à administração de zolpidem. Para minimizar este risco, recomenda-se que a duração do sono seja
de 7-8 horas.
Além disto, a coadministração de zolpidem com
álcool e outros depressores do SNC aumentam
o risco destes efeitos. Você não deve utilizar álcool ou outros medicamentos psicoativos enquanto utilizar zolpidem.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
• Álcool
A ingestão de zolpidem juntamente com bebidas
alcoólicas ou de medicamentos contendo álcool
não é recomendada. O álcool promove uma intensificação do efeito
de sedativos e hipnóticos ou de substâncias relacionadas, com reflexo sobre a vigilância, aumentando o risco na condução de veículos ou na
operação de máquinas.
• Depressores do SNC
O aumento da depressão do Sistema Nervoso
Central pode ocorrer no caso de uso concomitante com antipsicóticos (neurolépticos), hipnóticos, ansiolíticos/sedativos, agentes antidepressivos, analgésicos narcóticos, drogas antiepiléticas, anestésicos e anti-histamínicos. O uso concomitante de zolpidem com estes medicamentos pode aumentar a sonolência e o comprometimento psicomotor, incluindo a habilidade de dirigir. No caso de analgésicos narcóticos, pode
ocorrer aumento da sensação de euforia levando a ocorrência de dependência psicológica (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
• Opioides
O uso concomitante de benzodiazepínicos e outros fármacos hipnóticos sedativos, incluindo o
zolpidem, e opioides, aumenta o risco de sedação, depressão respiratória, coma e óbito devido ao efeito aditivo depressor do SNC. Se o uso
concomitante for necessário, à dose e a duração
do uso concomitante de benzodiazepínicos e
opioides deve ser limitado (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
• Inibidores e indutores da enzima CYP450
Compostos que inibem o citocromo P450 (enzima presente no fígado) podem aumentar a atividade de alguns hipnóticos como o zolpidem. A
ação do zolpidem é menor quando é administrado com um indutor da CYP3A4 (um dos principais sistemas enzimáticos do organismo, localizado no fígado e responsável pela metabolização de vários medicamentos) tal como a rifampicina e a erva-de-são-joão. A erva-de-são-joão
mostrou ter uma interação farmacocinética com
o zolpidem. A coadministração da erva-de-são-
-joão pode diminuir os níveis sanguíneos de zolpidem, o uso concomitante não é recomendado.
Entretanto, quando o zolpidem foi administrado com o itraconazol (um inibidor do CYP3A4),
não foram observadas interações farmacocinéticas (velocidade de absorção) e farmacodinâmicas significativas. A relevância clínica destes
resultados não é conhecida. Um ajuste de dosagem de zolpidem não é necessário, mas você deve ser advertido que a coadministração de zolpidem com cetoconazol pode aumentar os efeitos
sedativos.
A fluvoxamina é um potente inibidor de enzimas
do fígado CYP1A2 e de moderado a fraco inibidor das enzimas hepáticas CYP2C9 e CYP3A4.
A coadministração de fluvoxamina pode aumentar os níveis sanguíneos de zolpidem. O uso concomitante não é recomendado.
O ciprofloxacino tem se mostrado um moderado inibidor de enzimas do fígado CYP1A2 e
CYP3A4. A coadministração de ciprofloxacino
pode aumentar os níveis sanguíneos de zolpidem. O uso concomitante não é recomendado.
A administração de zolpidem com inibidores
fortes de CYP3A aumenta a exposição e efeitos
farmacodinâmicos do zolpidem.
• Outros medicamentos
A utilização concomitante com fospropofol pode aumentar o risco de eventos cardiorrespiratórios.
A utilização de zolpidem com alguns medicamentos antidepressivos como fluoxetina, sertralina, desipramina e bupropiona pode aumentar
risco de alucinação.
Quando o zolpidem foi administrado junto com
a varfarina, a digoxina, a ranitidina ou a cimetidina, nenhuma interação farmacocinética foi
observada.
Alimento
A utilização concomitante de zolpidem com alimentos pode reduzir a concentração plasmática
de zolpidem.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista
se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento
do seu médico. Pode ser perigoso para a sua
saúde.