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    Asma e DPOC: casos de superação no cotidiano

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    A Asma e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica DPOC já fazem parte do cotidiano mundial. As duas doenças causam transtorno na saúde de quem enfrenta seus sintomas, principalmente quando se trata de respiração. Os números avançam mundialmente: enquanto a asma já afeta 300 milhões de pessoas em todo o planeta, a DPOC será a terceira doença com maior número de pacientes em 2020, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.

    Os pacientes buscam tratamento a longo prazo para obter adequado controle. Tratando-se de criança, os cuidados são maiores pois o sistema imunológico ainda não está totalmente desenvolvido.

    O Cuidados Pela Vida conversou com o Marcelo Cunha e Nicolaus Sallay, que aprenderam a conviver, respectivamente com Asma e DPOC, e hoje apresentam quadros mais estáveis depois de diversas complicações ao longo da vida.

    Marcelo: lutas e batalhas contra a asma

    Aos 49 anos, o carioca Marcelo Silva da Cunha entende perfeitamente o controle das suas vias respiratórias. O empresário do ramo de TI passou por vários estágios até achar uma solução acessível para lidar com a asma.

    O semblante apático após o nascimento, praticamente com uma coloração roxa, preocupou os médicos. Diversos exames foram realizados para contornar a situação, no entanto, os efeitos não eram positivos. “Fiz um tratamento com 100 injeções, mas a cura nunca vinha. O medicamento durante as crises foi um xarope receitado. Também foi aplicado um tipo de injeção que me deu forte reação alérgica e quase morri. Depois um spray, mas virou vício. Até fazia efeito, mas não prolongado, com resultados cada vez mais curtos”.

    Bombinha: bullying na escola

    A bombinha de asma – inalatório frequentemente usado para desobstruir o entupimento respiratório, principalmente na fase infantil – virou sinônimo de piadas maldosas na escola. “Os professores sabiam que eu tinha problema e aceitavam, até porque eu só usava bombinha nessa época, mas os colegas me olhavam diferente. Eles me chamavam de café com leite por passar mal, mas tinha o lado positivo: as meninas cuidavam de mim”.

    Natação: ajuda respiratória

    Estudos apontam a natação como um método excelente para o corpo e para os pulmões. Nessa linha, Marcelo encontrou na atividade física a ajuda para uma respiração mais consciente. “Eu pratiquei até os meus 18 anos, e posso dizer que o esporte ajudou a controlar minha ansiedade e a buscar mais ar. Estou parado há muito tempo e quero retomar, mas como sou velho (rs), preciso de uma companhia. Estou conversando com um amigo para voltarmos a fazer juntos, em parceria as coisas andam com mais facilidade”.

    Recuperação: o início da melhora

    Marcelo percebeu que os sintomas diminuíram com um novo medicamento em cápsulas receitado pelo pneumologista. “Depois dos primeiros meses de uso, fiz novos exames de pulmão e realmente não acusou nada. Mas ele falou que meu caso não tinha cura. De qualquer forma, utilizo pela manhã e à noite. Eu sei que quando o tempo está limpo eu não sinto nada. A pessoa descobre a doença e já se cuida”.

    Marcelo Silva da Cunha e Nicolaus Sallay: superação

    Marcelo também adquiriu o hábito de evitar ambientes com alto índice de poluição. “O médico pediu que limpasse o quarto com frequência. Hoje tenho dois gatos e um cachorro, mas eles ficam nos espaços deles. As crises são menos recorrentes, também pelo fator da medicação. A doença não afeta mais meu dia a dia”, revela.

    Nicolaus e o tratamento da DPOC

    Tão preocupante quanto a asma, a diferença entre elas é que a DPOC está ligada ao tabagismo. Para o engenheiro aposentado, Nicolaus Sallay, tudo está sob controle, mas no passado, as sequelas começaram após uma doença mais complicada.

    Ex-fumante assumido depois de 40 anos, Nicolaus foi vítima de um câncer na bexiga doze anos atrás. Após a recuperação, falta de ar, tosse e chiado no peito tornaram-se recorrentes no seu cotidiano. “Inicialmente me senti até muito bem e trabalhava sem problemas, porém, após algum tempo a falta de ar acentuada e dificuldade com esforços necessitavam ficar mais tempo parado para me recuperar, fato que me levou a um pneumologista”, conta.

    Os exames detectaram DPOC com 20% dos pulmões danificados. Na época, a recomendação foi o uso de nebulização. “O resultado de broncodilatação até era boa e sustentava, dependendo da concentração de gotas até quase 8 horas, porém, com uma ação altamente negativa sobre o coração resultando em fraqueza e tremedeira”.

    Preocupado com as reações adversas, Nicolaus buscou nova orientação profissional. “Após retorno ao pneumologista, ele me receitou um novo medicamento com a indicação de inalação de uma cápsula de manhã e outra com intervalo de 12 horas. “Eu não tenho crises, a não ser que esqueça ou atrase bastante o remédio. Posso afirmar que o uso disciplinado do fármaco me garante uma condição de qualidade”, conta ele, que dá uma dica especial para quem deseja se prevenir. “Eu recomendo, dentro do possível, sempre se consultar com especialista da área, já que as consequências de um DPOC e eventual enfisema associado podem ser sérias”.

    Matéria realizada com depoimentos de pacientes de Asma e DPOC exclusivamente para o Cuidados Pela Vida, escrita pelo jornalista Rafael Munhos. 

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