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    Vacinas pela Vida: saiba mais sobre os imunizantes contra o coronavírus disponíveis

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    Você ainda tem dúvidas sobre o funcionamento das vacinas contra o coronavírus que estão sendo disponibilizadas? Separamos os principais questionamentos sobre os imunizantes para te responder. Aproveite para saber mais e se engajar na causa. Confira!

    1. Qual a diferença entre as vacinas do coronavírus?

    A diferença entre as vacinas está relacionada à forma como cada uma é produzida pelo seu laboratório.

    A CoronaVac, produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, utiliza uma das metodologias mais tradicionais para produzir a vacina, que é a utilização de um vírus inativado.

    Já a vacina de Oxford, da Astrazeneca em parceria com a Fiocruz, utiliza uma plataforma diferente, a do vetor viral. Nela, um outro vírus (adenovírus de chimpanzé) é manipulado geneticamente para inserir o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2.

    Enquanto isso, a vacina da Pfizer tem outro método de produção: os cientistas separam uma parte do código genético viral (RNA) que, uma vez injetada em nosso corpo, desencadeia o estímulo para que o sistema imune produza os mecanismos de defesa contra o vírus.

    Todas essas estratégias de vacinas são muito eficazes e nenhuma é capaz de ocasionar a manifestação da doença.

    1. Qual o percentual de eficácia de cada vacina do coronavírus e o que isso significa?

    A eficácia está relacionada à porcentagem de proteção produzida pelo organismo do indivíduo após ser vacinado.

    A eficácia geral da CoronaVac é 50,38%. Ou seja, os vacinados têm 50,38% menos risco de adoecer e, caso sejam contaminados pelo vírus, a vacina oferece 100% de eficácia para que a doença não se agrave e 78% para prevenção de casos leves.

    A AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram dois resultados distintos de eficácia da sua vacina: 62% quando aplicada em duas doses completas e 90% com meia dose seguida de outro ciclo completo. A eficácia média, segundo os cientistas responsáveis, é de 70%.

    A farmacêutica Pfizer anunciou que sua vacina contra a COVID-19, elaborada em parceria com a empresa alemã BioNTech, é segura e tem 95% de eficácia.

    Mais importante do que a eficácia individual de uma ou outra vacina é a eficácia da vacinação da população. Para que uma vacinação seja eficaz e proteja as pessoas, é fundamental que um número mínimo de pessoas seja vacinado. No caso do Coronavírus, os cientistas acreditam que o ideal seria a vacinação acima de 70% da população-alvo.

    1. Qual o intervalo entre as doses?

    O intervalo entre as doses depende da vacina que será aplicada. A vacina CoronaVac será aplicada em duas doses com intervalo de 2 a 4 semanas entre a primeira e a segunda dose. Já a vacina de Oxford/Astrazeneca, também será aplicado em duas doses, mas com intervalo de 4 a 12 semanas entre a primeira e a segunda. Quanto à vacina fabricada pela Pfizer, também será aplicada em duas doses, com intervalo de 3 semanas entre a primeira e a segunda dose.

    1. Eu posso escolher qual vacina que vou tomar?

    Não. Devido à escassez do número de doses e à urgência na distribuição das vacinas, por enquanto, não há possibilidade de escolha. A imunização será realizada de acordo com o tipo de vacina disponível no momento da aplicação.

    1. Pode acontecer de nenhuma vacina funcionar?

    Todas as vacinas foram testadas nos estudos realizados e consideradas eficazes dentro dos parâmetros científicos. Dessa forma, podemos dizer que, após tomar qualquer uma das vacinas, caso haja contaminação, a pessoa, mesmo que apresente os sintomas da COVID, deverá evoluir com uma forma mais branda da doença, diminuindo a chance de apresentar formas graves.

    1. O que acontece se não tomar a segunda dose?

    Somente com a aplicação de duas doses, quando essas são indicadas, o sistema imunológico passa a produzir, de uma forma integral, anticorpos contra o agente causador do novo coronavírus. Caso uma segunda dose da vacina não seja aplicada, é provável que os anticorpos não sejam produzidos de forma máxima e que sejam insuficientes para prevenir a doença. A vacina da Pfizer, em particular, está sendo avaliada quanto a sua eficácia após a primeira dose, porém ainda não há dados conclusivos que permitam garantir a não necessidade de uma segunda aplicação.

    1. Como garantir a segunda dose?

    A segunda dose será oferecida pelo órgão de saúde que aplicou a primeira dose. Ou seja, ela está garantida. Não é recomendado que a pessoa receba doses de laboratórios diferentes, pois não há estudos que assegurem a resposta imunológica correta no caso de aplicação de vacinas distintas. Portanto, na Carteira da Vacinação deve constar de forma clara qual o lote, laboratório, data e dose da vacina que foi aplicada.

    1. A segunda dose pode ser de uma vacina diferente da primeira dose?

    Não. A segunda dose deve ser do mesmo produto.

    1. O desenvolvimento rápido da vacina pode representar um risco de saúde?

    Há riscos inerentes a qualquer intervenção em saúde. O fato de a vacina ter sido desenvolvida em tempo mais curto do que o habitual se deve, não apenas a uma tecnologia mais avançada, como também à superação de barreiras burocráticas, face a uma pandemia mundial. Além disso, houve grande aporte de investimento de diversas fontes, suplantando entraves financeiros e permitindo a realização concomitante de diversas etapas dos estudos. Por certo, ainda não foram possíveis as análises de longo prazo, aplicáveis a qualquer novo insumo em saúde. Porém, lembramos que a Anvisa só avalia o uso emergencial de vacinas que foram testadas na fase 3, que corresponde aos estudos realizados em grandes populações, para avaliar a eficácia e a segurança da vacina.

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