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    Sarampo avança no Brasil e momento de coronavírus dificulta vacinação

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    O sarampo passou a ser doença de notificação compulsória nacional em 1968 e é considerada uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode ser fatal. Sua transmissão ocorre quando a pessoa contaminada tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. Durante muitos anos, foi uma das principais causas de morbidade e mortalidade na infância, principalmente nos menores de 1 ano de idade.

    Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de erradicação do sarampo, concedido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Três anos depois, o país perde o status, após mais de 12 meses de incidência de casos confirmados do mesmo vírus. A situação é grave e os dados são preocupantes. Tanto que em setembro de 2019, o Ministério da Saúde divulgou um aumento de 18% de casos notificados, confirmando neste ano mais de 9 mil casos da doença no país e 13 óbitos, 12 em São Paulo e um em Pernambuco, sendo seis em menores de um ano.

    Neste momento, além da pandemia do novo coronavírus e de um aumento significativo nos casos de dengue, como você pode acompanhar conosco, enfrentamos um crescimento relevante de surto de sarampo.

    Especialistas apresentaram que a queda nas taxas de vacinação é a principal causa para a alta incidência desta doença no Brasil, já que esta é a única forma de prevenção. Muitos pais têm deixado de vacinar seus filhos. As menores coberturas foram registradas no Rio Grande do Sul, Piauí, Acre, Maranhão, Bahia, Amapá e Pará.

    O alerta é que o número de casos pode ser maior nos próximos meses devido às estações mais frias em algumas regiões do país e à diminuição da vacinação por causa da COVID-19. Entretanto, mesmo com a recomendação de isolamento, a vacinação de rotina deve ser mantida!

    Para quem a vacina é indicada?

     

    O esquema vacinal vigente prevê duas doses de vacina contra o sarampo: uma dose da tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade e uma dose da tetra viral (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela) aos 15 meses de idade.

    Quem não completou este esquema vacinal quando era criança precisa atualizar a carteira de vacinação. Adolescentes e adultos, menores de 30 anos, precisam ter tomado durante a vida duas doses de tríplice viral (ou uma da tríplice e outra da tetra viral). Já os adultos de 30 a 49 anos precisam ter tomado, ao menos, uma dose da tríplice viral após 1 ano de idade.

    Quem já tomou duas doses da vacina em algum momento da vida é considerado imunizado e protegido do sarampo.

    Para quem a vacina é contraindicada?

     

    A vacina não dever ser feita em crianças menores de 6 meses de idade, gestantes e pacientes imunodeprimidos ou com reação alérgica grave (anafilaxia) após dose prévia ou após contato com as substâncias que compõem a vacina. Recomenda-se também um intervalo de 30 dias após a vacina para as mulheres que querem engravidar.

    Qual a eficácia da vacina contra o sarampo?

     

    A primeira dose da vacina, tomada com 1 ano de idade, garante 93% de proteção. E, com a segunda dose aos 15 meses de idade, tem-se 97% de eficácia. Assim, se a pessoa estiver com a vacinação em dia, é muito difícil que ela contraia ou transmita a doença. No entanto, em situações de surto podem ocorrer casos raros em que pessoas vacinadas tenham sarampo.

    A vacina é segura? Possui efeitos colaterais?

     

    A vacina contra o sarampo é considerada muito segura, mas como todo medicamento pode ter efeitos colaterais, geralmente brandos, como dor ou inchaço no local da aplicação. Na segunda dose, as chances desses efeitos aparecerem é ainda menor.

    As vacinas são ofertadas em unidades públicas e privadas de vacinação. No SUS, as vacinas são gratuitas, seguras e estão disponíveis nas mais de 36 mil salas de vacinação em postos de saúde em todo o Brasil.

     

    Referências Bibliográficas:

    Costa Almeida, C. C., Carvalho, G. B., de Sousa Ferreira, J., Souza, L. V. G., Fé, M. D. S. M., da Silveira Fontenele, A. P., & Rodrigues, A. C. E. (2020). Estudo epidemiológico de pacientes infectados por sarampo no Brasil/Epidemiological study of patients infected by spam in Brazil. Brazilian Journal of Health Review3(2), 1513-1526.

    FIOCRUZ. Aumento de casos de sarampo e baixa cobertura vacinal preocupam especialistas. Acessado em 22.05. Disponível em: https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/aumento-de-casos-de-sarampo-e-baixa-cobertura-vacinal-preocupa-especialistas/

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