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    Respeite os intervalos: por que os remédios têm posologias diferentes?

    Cuidados e Bem-estar
    Segurança para o Paciente

    Por Dr. Abel Magalhães

    5 de dezembro de 2016

    De seis em seis horas, de oito em oito, uma vez por dia… As diversas formas de tomar cada remédio podem causar um pouco de confusão às vezes. No entanto, seguir essa posologia de cada medicamento é essencial para que o tratamento alcance os melhores resultados, além de evitar os riscos associados ao consumo excessivo das substâncias encontradas nos remédios.

    Posologia varia para cada medicamento

    A posologia varia em função do paciente, da doença que está sendo tratada e do tipo de medicamento utilizado. Ela está relacionada também com o tempo de ação e a dose terapêutica, a dosagem necessária para a ação do medicamento. “Existem propriedades de cada remédio (chamadas no conjunto de farmacocinética) que podem determinar qual o melhor intervalo de administração de um medicamento”, explica o cardiologista Abel Magalhães.

    Não seguir essa indicação pode custar caro para a saúde e também para o bolso. Uma “não adesão ao tratamento” é considerada quando o paciente toma o remédio na hora errada, não espera o tempo suficiente (ou passa do tempo) entre as doses, usa dosagem incorreta, ou para de usar o medicamento quando “se sente melhor”, tornando o tratamento ineficaz.

    É preciso respeitar os ciclos de cada substância

    A cronofarmacologia é uma área da biologia que estuda os ciclos dos seres vivos em relação ao tempo e trajeto dos remédios no organismo. Em medicamentos orais, a substância passa por um processo de absorção antes de chegar na corrente sanguínea e se distribuir até o local de ação. Como o relógio biológico humano também tem seus ciclos definidos, é preciso respeitar esses períodos para que os remédios façam o efeito esperado. “É muito importante respeitar posologia e intervalos orientados pelo médico já que existe uma ‘janela’ (intervalo terapêutico), abaixo do qual o tratamento é ineficaz e, acima, é potencialmente tóxico”, avisa Abel. Se o tempo entre uma dose e outra for curto demais, por exemplo, é possível existir ainda na corrente sanguínea resíduos da dose anterior.

    Quanto a tomar o mesmo medicamento sempre no mesmo horário, isso varia de remédio para remédio. É sabido, por exemplo, que antibióticos precisam seguir essa regra, mas o médico será a melhor pessoa para indicar. “Isso depende do caso clínico de cada paciente, da doença em questão e do medicamento envolvido. Alguns casos necessitam horários mais rígidos, mas em outros pode-se lidar sem problemas com alguma flexibilidade”, completa o cardiologista.

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