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    Uma pesquisa clínica pode entregar um resultado diferente do esperado?

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    Em uma pesquisa clínica são feitos testes com pessoas e medicamentos em desenvolvimento, com o propósito de habilitar novos produtos ao mercado. Como se trata de um processo de estudo, experimentações e descobertas, nem sempre se chega ao objetivo rápido. É possível até mesmo que, ao fim da pesquisa, o resultado seja bastante diferente do que se imaginou inicialmente.

     

    Desdobramentos dos resultados diferentes do esperado em uma pesquisa clínica

     

    “Todas as pesquisas devem ser concluídas. Ao final, o resultado pode ser aquele esperado pelo pesquisador ou não. Aliás, as pesquisas são realizadas exatamente para responder uma pergunta (por exemplo: ‘o tratamento A é melhor que B?’) e nunca se tem certeza do resultado antes. Caso contrário, não seria necessário fazer a pesquisa”, explica o infectologista Eduardo Franco Motti.

    Por mais que uma pesquisa clínica não chegue ao resultado esperado, ela sempre terá uma conclusão. Todo material desenvolvido nesta pesquisa poderá ser utilizado em novos estudos, servindo de base para desdobramentos e descobertas futuras – mesmo que o caminho a ser traçado seja diferente do que se imaginou no início – que sirvam para o objetivo inicial de lançar um novo produto no mercado.

     

    Fatores que atrapalham a pesquisa clínica

     

    Mesmo assim, o especialista ressalta que há muitos fatores que podem atrapalhar uma pesquisa. Problemas com os voluntários são um exemplo. “Estas pesquisas são planejadas para ter um número certo de voluntários, porém pode ocorrer uma demora muito grande para conseguir reunir todos os participantes necessários”.

    Outra situação problemática é quando um número grande de voluntários abandona o tratamento antes do final. Isso pode fazer com que a pesquisa não consiga demonstrar o resultado desejado. “Mas vale reforçar que sempre que uma pesquisa é iniciada, ela deve ter uma conclusão, mesmo que o resultado não seja aquele inicialmente esperado”.

     

    Dr. Eduardo Franco Motti é infectologista, graduado e pós-graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). CRM-SP: 34165

    Foto: Shutterstock

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