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    O uso de Cloroquina no tratamento de COVID-19

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    Muito se tem discutido na imprensa sobre o uso da Cloroquina e Hidroxicloroquina no tratamento e na prevenção da COVID-19. Infelizmente o assunto que deveria ser científico tornou-se um tema de discussão política em todo o mundo. A Cloroquina e a Hidroxicloroquina, seu derivado, são medicamentos utilizados há muitos anos para o tratamento da malária e em várias doenças inflamatórias com Lupus e Artrite Reumatóide. Em testes “in vitro” em laboratórios e não em humanos, o produto mostrou uma ação potencial reduzindo a capacidade de alguns vírus penetrarem nas células.

    Por conta disso nos últimos anos o produto foi testado em várias doenças virais como HIV, SARS, MERZ, Chikungunya entre outras, mas o seu uso nunca se mostrou efetivo. Entretanto, pela gravidade dos pacientes com comprometimento pulmonar causados pela COVID-19 e pela falta de um tratamento eficaz, o medicamento foi utilizado como uma tentativa no chamado “compassionate use”, uso de um medicamento sem indicação provada para pacientes que estão em estado crítico como uma tentativa de salvá-los.

    A Cloroquina funciona mesmo ou é mito?

    Apesar de estar sendo muito utilizado, até agora não temos comprovação científica para seu uso em COVID-19. Os resultados dos estudos já publicados são inconsistentes, não foi definida uma dose padrão de uso, e não existe certeza de segurança ou eficácia tanto em pacientes graves como em pacientes com sintomas leves, e muito menos no seu uso profilático.

    Apesar de ser um medicamento razoavelmente seguro, pode apresentar efeitos adversos graves, principalmente cardiovasculares, necessitando avaliação e seguimento médico para a sua utilização. As sociedades médicas de diferentes especialidades têm opiniões discrepantes quanto ao seu uso no tratamento da COVID-19.

    O que diz o Conselho Federal de Medicina sobre o uso da Cloroquina?

    Segundo uma posição do Conselho Federal de Medicina, a decisão do uso da Cloroquina e Hidroxicloroquina deve ser definida médico, e deve ser autorizada pelo paciente ou pelos seus familiares quando o mesmo não tiver condições.

    Concluindo, esses medicamentos nunca devem ser utilizados sem uma prescrição médica, e de forma alguma por uma decisão isolada do paciente. Ou seja, não tome medicamentos sem prescrição médica, especialmente para uma doença ainda sem um tratamento efetivo comprovado cientificamente pelos pesquisadores.

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