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    Coronavírus: conheça a história de pessoas que estão superando a COVID-19

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    O primeiro caso do novo coronavírus no Brasil foi detectado no fim do mês de fevereiro. De lá para cá, o combate à doença causada por este micro-organismo, chamada de COVID-19, vem se mostrando um grande desafio para todos, especialmente pela dificuldade de seguir as regras do isolamento social e de manter o sistema de saúde funcionando adequadamente com um número tão alto de infectados.
    O relato de quem sofreu com o vírus é um dos melhores parâmetros para se ter uma dimensão mais precisa das características do quadro. Se você foi diagnosticado com o novo coronavírus e ainda enfrenta a doença, se está com sintomas suspeitos ou se está apreensivo com a possibilidade de ser infectado, vale a pena conhecer histórias como a da Suzana Pastore, de 40 anos.
    Mesmo sofrendo com os sintomas, esta moradora de São Paulo encarou de frente o obstáculo, seguindo todos os cuidados e recomendações, e conseguiu superar o vírus. Um exemplo de que é totalmente possível se recuperar da doença e que vale a pena manter a esperança e a positividade.   

    Sintomas do coronavírus variam em cada caso


    Advogada e servidora pública federal, Suzana passou a trabalhar de casa no dia 20 de março, assim que seu trabalho permitiu que os funcionários aderissem à quarentena. Já neste primeiro dia em casa, ela teve uma forte diarreia e, no dia seguinte, sentiu uma dor de garganta muito intensa, sintoma comum nos quadros de COVID-19: “Essa dor de garganta permaneceu por 10 dias. Não fiz nada nesse período, não fui para pronto-socorro, fiquei só em casa com meu marido e nossa filha. No décimo dia de sintomas, comecei a sentir falta de ar, que também se mostrou bastante intensa”. 

    Segundo a advogada, a falta de ar que sentiu não foi contínua, mas era muito forte quando surgia, sendo muito nítida, fácil de perceber: “Esse sintoma me impedia de fazer toda e qualquer atividade do meu dia a dia. Nem pegar minha cachorra de 5kg no colo eu conseguia, ou colocar roupa na máquina de lavar, ou andar da cozinha até a sala. Por isso é recomendado o repouso absoluto, porque você não consegue fazer nada mesmo! A sensação é como se você estivesse se afogando no seco. Você tenta puxar o ar, mas simplesmente não consegue”.
    Outro sintoma comum do coronavírus é a febre, mas Suzana não teve quadro febril. É importante ter em mente que cada caso é um caso, o que significa que nem todo paciente apresentará a mesma lista definida de sintomas principais que, segundo o Ministério da Saúde, é composta por tosse, febre, coriza, dor de garganta e dificuldade para respirar. Alguns pacientes vão ter todos esses sintomas menos a febre, outros vão sentir apenas dor de garganta, por exemplo. Prostração e perda de olfato e paladar são outros sinais marcantes. 
    O carioca Olympio Siqueira Júnior, de 50 anos, também foi infectado pelo novo coronavírus. O motorista conta que teve febre, muita dor no corpo, nariz entupido e falta de ar. Esses sintomas surgiram há pouco tempo, no dia 30 de abril. “Quando a quarentena começou, fiquei um mês sem sair de casa. Depois disso, passei a sair para ir ao mercado e nisso acabei pegando”, conta Olympio, o que mostra que pequenos descuidos podem ser suficientes para se contaminar. 

    Doenças crônicas colocam pacientes em grupo de risco


    Apesar de fazer tratamento contínuo para uma doença crônica, a fibromialgia, Suzana afirma que tal condição não a coloca como integrante do grupo de risco. “Desde que os sintomas da COVID-19 surgiram, estou em contato constante com a médica reumatologista que me acompanha e, segundo ela, a fibromialgia não é um fator de risco para este novo coronavírus”. Contudo, é importante destacar que outras doenças crônicas podem facilitar o agravamento da infecção, como diabetes, hipertensão, asma e bronquite. Além disso,
    pessoas com mais de 60 anos de idade também são consideradas mais vulneráveis.  
    Já Olympio tem bronquite, sendo, portanto, pertencente ao grupo de risco. Mesmo tendo maiores chances de ter complicações graves com a doença, ele não precisou ficar internado, pois o vírus comprometeu menos de 25% do seu pulmão. Desde que os sintomas começaram a surgir, ele está isolado em casa, há cerca de nove dias. Sua sobrinha e sua irmã, com quem mora, foram passar este período na casa de parentes. Ele ainda segue em recuperação, mas tudo indica que o pior já passou. “Para mim, o pior foi a falta de ar e ter que ficar isolado, sozinho”, ressalta o carioca. 

    Todo cuidado é pouco!


    Mesmo tendo bastante cuidado com a higiene das mãos e com os objetos pessoais, ainda é possível desenvolver a COVID-19, como aconteceu com Suzana. Isso se deve ao altíssimo nível de transmissão do novo coronavírus. “Eu não fui irresponsável, não quebrei a quarentena. Desde que o trabalho nos liberou para ficar em casa de home office eu cumpri com rigor, então eu não sei como fui infectada. Mas, mesmo assim fui, então, realmente todo cuidado é pouco”, afirma a paulistana. 

    Por mais que tenha apresentado sintomas bastante intensos e incômodos, o quadro de Suzana foi considerado leve. Os casos moderados e graves geram ainda mais preocupação e exigem foco máximo nos cuidados. Isso é mais uma evidência da seriedade da doença e da necessidade de levar as medidas preventivas à risca. Quando se está comprometido em combater o vírus com todas as armas disponíveis, as chances de vitória aumentam significativamente.  

    Recomendações dos profissionais da área de saúde são fundamentais no momento


    Para se ter uma ideia melhor da gravidade da situação, é interessante ouvir também os relatos dos profissionais da saúde que estão diariamente em contato com pacientes infectados pelo novo coronavírus. Por isso, falamos com a farmacêutica Camila da Silva Alves, de 26 anos, moradora da cidade de São Paulo e que trabalha num hospital particular no bairro do Brooklin. 

    “No início, quando começaram a aumentar os casos, foi bastante assustador e preocupante, porque os números só aumentavam. Tivemos casos de pacientes internados por mais de um mês, que hora melhoravam, hora pioravam, mas no fim conseguiam se curar. Tivemos alta de um paciente que, ao chegar com falta de ar, foi intubado, tendo alta somente após 36 dias de internação. Todos ainda estão apreensivos, preocupados e com medo, pois não sabemos onde isso vai parar, quantos danos irá causar e muito menos quando tudo vai terminar”, conta Camila.
    Além de vivenciar e saber mais precisamente o que acontece no sistema de saúde, Camila também teve a COVID-19. É importante ressaltar que os profissionais da área de saúde estão entre os mais vulneráveis à ameaça, devido ao alto grau de exposição. “Os primeiros sintomas que senti foram dor no corpo bem forte, quase impossível de levantar da cama, dor de cabeça, dor de garganta, congestão nasal, tosse seca e náuseas. A dor no corpo foi o que me fez desconfiar que poderia ter contraído o vírus e, então, resolvi passar no médico”, diz a farmacêutica.
    Mesmo sem nenhuma comorbidade que a ponha em grupo de risco, a farmacêutica conta que sentiu medo quando testou positivo para o coronavírus. “Senti medo por mim e de ter contaminado outras pessoas, pois não sabemos, no fim, o que pode acontecer. Ser novo e sem comorbidades não garante nada”, afirma. Após suspeitar que estava contaminada, Camila permaneceu isolada em casa, onde mora sozinha, até sair o resultado do exame. Depois da confirmação, seguiu confinada por 15 dias. Não houve necessidade de internação pois não surgiram sintomas mais graves, como febre, falta de ar e dessaturação.

    Mensagem de apoio de quem superou o novo coronavírus


    “Tendo contado toda a minha jornada na batalha contra a COVID-19, a mensagem que deixo é a seguinte: se você pode ficar em casa, fique. É importante seguirmos o exemplo dos países que passaram por essa situação e já se estabilizaram. Para quem está com a doença, desejo força, e
    quem não pegou, foco nos cuidados”, alerta Suzana.
    “Minha mensagem para todos é que a doença é realmente séria, então, deve ser tratada com seriedade. Temos todos que ficar mesmo em casa, seguir todas as recomendações dos profissionais da saúde. Eu, graças a Deus, pude contar com um plano de saúde, além de muita sorte e fé. Cuidem de seus entes queridos não os expondo”, alerta Olympio. 
    “Peço às pessoas que se cuidem mais, que levem a sério, pois muitas pessoas estão perdendo a vida. Podemos dar sorte de contrair e não ficar em caso grave, mas com muitas pessoas não é assim e não sabemos como vai ser para cada um. Então, se cuidem e cuidem de suas famílias. Se você pode ficar em casa e evitar se expor, fique em casa! E deixe as ruas para quem realmente precisa sair para trabalhar, por nós que estamos nos arriscando todos os dias na linha de frente!”, finaliza Camila .

    Quando pensar em COVID-19?

     

    A COVID-19 é uma doença causada por um tipo de coronavírus conhecido como SARS-CoV-2, que apresenta principalmente sintomas respiratórios muitas vezes semelhantes a quadros gripais.

    Os sintomas mais comuns do COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca, sendo que alguns pacientes podem apresentar ainda dores no corpo, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. Em alguns casos também pode causar tosse com catarro. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente.

    O sintoma que merece maior atenção e que deve ser levado em consideração para que os pacientes procurem imediatamente um serviço de saúde é a falta de ar ou dificuldade de respirar, que pode significar uma piora do quadro pulmonar.

     

    Se você tiver dúvidas sobre os sintomas e diferenças entre a Gripe, Resfriado e Coronavírus, acesse: https://cuidadospelavida.com.br/cuidados-e-bem-estar/gripe-e-resfriado/comparacao-entre-os-sintomas-resfriado-comum-gripe-e-covid-19

     

    Referências:

    1. Wei-jie Guan et al. Comorbidity and its impact on 1,590 patients with COVID-19 in China: A Nationwide Analysis. MedRxiv 2020.
    2. Ministério da Saúde do Brasil. https://www.saude.gov.br/o-ministro/746-saude-de-a-a-z/46490-novo-coronavirus-o-que-e-causas-sintomas-tratamento-e-prevencao-3 acessado em 13/04/2020.
    3. Ministério da Saúde do Brasil. https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#sintomas
    4. Ministério da Saúde do Brasil. https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46435-brasil-confirma-primeiro-caso-de-novo-coronavirus

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