Esquizofrenia desorganizada: saiba quais são as características dessa manifestação da doença
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
- COLABORARAM NESTE CONTEÚDO:
- Dr. Ivan Mario Braun
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No geral, a esquizofrenia é caracterizada como resultado de uma alteração mental que compromete significativamente a vida do paciente, tanto na parte psicológica quanto comportamental. Delírios e alucinações são comuns, assim como agitação, fala incoerente, tendência ao isolamento etc. Contudo, a doença pode se manifestar de formas distintas e a esquizofrenia desorganizada é um dos tipos desta patologia.
Uma das particularidades da esquizofrenia desorganizada é que ela se inicia quando o indivíduo é jovem, antes dos 25 anos de idade, muitas vezes ainda na puberdade. “O subtipo hebefrênico da esquizofrenia, também conhecido como desorganizado, é considerado, no geral, especialmente grave”, afirma o psiquiatra Ivan Mario Braun.
Sintomas da esquizofrenia desorganizada
Esse tipo de esquizofrenia também é marcado pela presença de sintomas que remetem à infância, já que ocorre regressão de comportamento e os pacientes passam a agir com mais infantilidade, passividade e com menos personalidade. A dificuldade de assimilar a realidade é traço marcante desse tipo específico da doença, assim como das demais manifestações da esquizofrenia.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a esquizofrenia desorganizada está relacionada aos seguintes sintomas: perturbação dos afetos; ideias delirantes e as alucinações fugazes e fragmentárias; comportamento irresponsável e imprevisível; pensamento desorganizado; discurso incoerente; e tendência ao isolamento social.
Esquizofrenia desorganizada tem tratamento
O tratamento da esquizofrenia desorganizada é semelhante ao dos demais tipos da doença: exige a utilização de medicação específica (como os antipsicóticos), psicoterapia e amparo familiar e educacional para que o paciente possa ser compreendido e auxiliado com sensibilidade. Nesse sentido, é interessante destacar a importância do paciente interagir socialmente o máximo possível.
Dr. Ivan Mario Braun é psiquiatra, doutor em medicina pela faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP). CRM: 57449 – ivanmariobraun.com.br
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Dr. Ivan Mario Braun
Psiquiatria
CRM: 57449 / SP
- 10 comentários para "Esquizofrenia desorganizada: saiba quais são as características dessa manifestação da doença"
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Joana d'AArc Pires Alvarenga
Tenho na família um adolescente de 15 anos que tem manifestado alguns comportamentos irresponsáveis, não compatíveis com a sua idade , com dificuldades de convivência, tem apresentado rendimento escolar muito ruim, dentre outros aspectos não muito positivos. Tenho também na família um outro membro que já surtou três vezes, nos últimos 10 anos, hoje está com 42 anos e já é acompanhado por um psiquiatra. O primeiro também esta sendo acompanhado por um psicólogo. Tenho pesquisado sobre Esquizofrenia e também sobre o Transtorno Opositor. Gostaria de receber mais informações.
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Cintia Freitas Silva
Tenho um irmão com esquezofrenia paranoide ,minha faleceu e eu tenho que cuidar dele ,mas é muito difícil ele não quer tomar banho guma demais etc,não quer tomar o remédio e diz que não é doente, o que fazer?
CUIDADOS PELA VIDA
Olá Cintia. Agradecemos por compartilhar seu relato conosco. Temos uma matéria que aborda exatamente esse tema. Clique no link abaixo e confira. Abraços.
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Adam juli
Tenho dúvidas de tenho esquizofrenia, so não sei qual nível
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Juliana
Minha mãe tem esquizofrenia mas não aceita que é doente. Há dois anos me formei em uma nova faculdade e comprei um carro. Levei ela comigo. Ela me deu maior força pra comprar. Logo depois de comprar o carro ela me acusou de roubar um perfume dela e uma água de limpar rosto. Não foi na minha formatura. Duas semanas depois os 2 itens que eu não peguei, não moro lá e não entro no quarto dela justamente porque já sei como ela é. De 2 itens viraram mais de 30. Fez carta colocando um monte de coisas que roubei e contou para as amigas dela. Fiquei com muita vergonha. Não quer me ver há dois anos e eu não sei mais o que fazer pra resolver essa situação. Poderiam me ajudar. Ela não toma remédio e não aceita que é doente.
CUIDADOS PELA VIDA
Olá, Juliana. Segundo comenta o especialista Dr. Gustavo de Carvalho Araujo: “Quanto mais próxima a família estiver do paciente, entendendo como a esquizofrenia se comporta e quais são os cuidados necessários no dia a dia, maiores serão as chances do tratamento ter resultados satisfatórios. É importante que os familiares conversem com o médico para conhecer os principais sintomas e outros aspectos da doença, minimizando os riscos de complicações.”
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Torcemos por você e sua mãe.
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