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    Vídeos de ASMR podem ajudar no tratamento da insônia?

    Dormir bem

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    Se você tem o costume de assistir a vídeos na internet, talvez já tenha encontrado ou pelo menos ouvido falar dos vídeos de ASMR, sigla em inglês para Resposta Sensorial Meridiana Autônoma, que se tornaram uma febre. Neles, uma pessoa usa diversos sons e sua própria voz para dar uma sensação de relaxamento e até facilitar a chegada do sono. Será que esses vídeos podem ajudar no tratamento da insônia?

    Vídeos de ASMR ajudam a diminuir o estresse


    “O objetivo da ASMR é produzir, involuntariamente, sentimentos de calma e relaxamento por meio de estímulo audiovisual. Pessoas relatam sensações de afeto, calafrio e redução de estresse”, afirma o médico do sono e pneumologista Franco Martins. Para atingir esse objetivo, o criador dos vídeos fala com a voz baixa e faz barulhos relaxantes com diversos objetos, como caixas, esponjas de banho e até com as mãos.

    De acordo com o especialista, o mecanismo de ação dos vídeos de ASMR ainda é desconhecido, mas a hipótese se baseia na liberação de endorfinas, substância ligada à sensação de bem-estar. Os resultados gerados pela ASMR são parecidos com os da musicoterapia, principalmente no que diz respeito à redução da frequência cardíaca.

    ASMR não deve fazer parte do tratamento da insônia


    Apesar das boas sensações provocadas pela técnica de ASMR, Doutor Franco não considera que os vídeos devam fazer parte do tratamento da insônia: “Um estudo recente mostrou que não somente relaxamento, mas excitação cerebral também ocorre, algo que não desejamos para o sono. Considerando que existe exposição luminosa e
    manipulação de computador ou celular, essa experiência não é recomendada como tratamento da insônia”.
    O médico do sono diz ainda que os vídeos podem piorar o quadro pela possibilidade de induzir uma insônia de associação, condição em que a pessoa só dorme se receber estímulos. Quem sofre de insônia deve procurar auxílio médico para fazer o tratamento correto, que pode ser baseado em medicações e em mudanças de hábitos no dia a dia.

     

    Foto: Shutterstock

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