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    A insônia pode ser um sintoma de outro problema de saúde?

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    A insônia é um problema caracterizado pela dificuldade persistente para dormir ou para manter o sono ao longo da noite. É uma das principais queixas de saúde, prejudica a qualidade de vida e, segundo a psiquiatra Camilla Pinna, especialista em Medicina do Sono, chega a afetar quase toda a população em algum momento da vida.

    As causas da insônia

    “A insônia pode ser primária, ou seja, sem outras condições associadas, ou secundária ao uso de determinadas medicações, drogas ou a um problema de saúde em geral”, afirma Camilla. Ela pode surgir também como resultado de hábitos do dia a dia, como o consumo excessivo de cafeína e tabaco e o uso de aparelhos eletrônicos antes de dormir.

    Entre os problemas psiquiátricos, a insônia é um sintoma bastante comum, principalmente nos casos de ansiedade, depressão e transtorno bipolar. Dra. Camilla cita dores crônicas, refluxo gastroesofágico, dificuldades respiratórias e outros distúrbios do sono, como a síndrome das pernas inquietas, como causas frequentes da insônia.

    Identificando a causa do problema

    Em pacientes com insônia, o médico deverá fazer uma avaliação minuciosa para identificar as causas do problema. Na entrevista e no exame clínico, a psiquiatra diz que devem ser investigados sintomas sugestivos de problemas de saúde física e avaliada a presença distúrbios psiquiátricos que possam ter provocado a insônia.

    “Em alguns casos, pode ser necessária a realização de exames complementares, como a polissonografia, ou exames específicos para diagnosticar a doença suspeitada”, explica a especialista. Ela afirma ainda que é fundamental investigar as medicações que o paciente usa, formas de comportamento e hábitos de vida.

    É possível dormir bem

    Em todos os casos de insônia, é importante reforçar a importância da adoção de comportamentos saudáveis para uma boa noite de sono. O tratamento mais indicado para a insônia primária é a terapia cognitivo-comportamental. Já para a insônia secundária, deve-se investir no tratamento da condição associada, o que pode resolver o problema em muitos pacientes.

    Dra. Camilla Moreira de Sousa Pinna é psiquiatra formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atua no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-82109-8

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