Distúrbios do Crescimento
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A puberdade precoce pode ser confundida com outro problema de sintomas semelhantes?
Em casos de puberdade precoce, os pacientes, que são meninos e meninas entre 8 e 10 anos de idade, apresentam como sintomas características sexuais, as quais normalmente só apareceriam anos mais tarde. Esse tipo de manifestação pode ocorrer também em outros distúrbios ligados ao crescimento, então para que não haja confusão, é necessário buscar um bom especialista que garanta um diagnóstico preciso. Reconhecendo a puberdade precoce “O diagnóstico da puberdade precoce é clínico, ou seja, o médico especialista que analisar a criança com sintomas suspeitos conseguirá, na maioria das vezes, identificar a presença do problema em seu consultório. Porém, alguns exames laboratoriais e de imagem devem ser solicitados para determinação de possíveis causas”, informa a pediatra Cintia Lago. Uma das complicações mais características e que ajudam a identificar a puberdade precoce é a baixa estatura na vida adulta. Como o problema consiste na antecipação do crescimento e desenvolvimento, o fim deste processo também é antecipado, então o indivíduo pára de crescer e se desenvolver no início da vida adulta, fase ainda importante nesse sentido. Tratamento inibe liberação de hormônios sexuais Segundo a especialista, caso a puberdade precoce seja confirmada, o tratamento deve ser indicado por um especialista (endocrinopediatra), com o objetivo de bloquear o eixo hormonal, impedindo a progressão dos caracteres sexuais. É muito importante que esse tratamento seja iniciado o quanto antes, para aumentar as chances de controle dos sintomas de puberdade precoce e impedir complicações na vida adulta do paciente. Exatamente por isso que os especialistas indicam um tratamento com medicamento aplicável (injeção) contendo substância capaz de inibir a liberação dos hormônios sexuais. Dessa maneira, o paciente interrompe a manifestação precoce das características sexuais e adultas no geral, voltando a manifestá-las apenas quando o medicamento for interrompido, ou seja, na fase de puberdade propriamente dita. Foto: Shutterstock
A puberdade precoce sem tratamento pode gerar problemas no futuro?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, puberdade precoce é o quadro no qual crianças manifestam antes do normal características típicas dessa fase de transição entre infância e adolescência. Esse problema provoca sintomas que podem se perpetuar no resto da vida do indivíduo, por isso o tratamento adequado deve ser adotado o quanto antes. Complicações da puberdade precoce “A puberdade precoce é definida pelo aparecimento das características sexuais antes dos oito anos nas meninas e antes dos 9 anos nos meninos. É importante que os pais e pediatras estejam atentos aos sinais, como início das mamas e pêlos (meninas) e aumento dos testículos e pêlos também no caso dos meninos”, informa a pediatra Cintia Lago. Segundo a especialista, a puberdade precoce pode causar menarca nas meninas e baixa estatura em ambos os sexos, o que pode impactar toda a vida adulta dos pacientes, caso o tratamento adequado não seja adotado desde o início dos sintomas, ainda na infância. A atenção dos pais a esses sinais é crucial para que seja possível obter diagnóstico e tratamento rápidos. Tratamento contra puberdade precoce Caso seu filho apresente sintomas suspeitos, o indicado é levá-lo ao médico especialista (endocrinopediatra) para que ele, primeiro, analise o quadro. Caso haja confirmação do transtorno, deverá ser indicado um tratamento pautado em bloquear o eixo hormonal do paciente, para impedir a progressão das características sexuais. Mais precisamente, esse tratamento se baseia no uso de medicamento aplicável (injeção) com substância capaz de inibir a liberação de hormônios sexuais. A aplicação, normalmente, é mensal ou trimestral e é indicada até o momento em que a criança atingir a fase da puberdade (por volta dos 12 anos de idade), para que, aí sim, o desenvolvimento possa ocorrer no período correto. Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria: https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/desenvolvimento/puberdade-precoce/ Foto: Shutterstock
Como funciona o hormônio do crescimento no corpo de uma criança?
A maior parte dos casos de calvície nos homens é causada pela genética. Esse tipo do problema recebe o nome de alopecia androgenética. Entretanto, isso não significa que outros fatores não possam influenciar o desenvolvimento da calvície ou intensificar a queda de cabelo. Entre esses fatores, é importante mencionar as alterações hormonais. Alterações hormonais podem atrapalhar crescimento do cabelo De acordo com a dermatologista Bruna Fanton Gallo, mudanças nos níveis de hormônios no corpo podem influenciar a calvície. Mas, ela faz uma ressalva: “A maioria dos homens com calvície não apresenta essas alterações hormonais. A ação aumentada da testosterona e da dihidrotestosterona é local, no folículo capilar”. A especialista explica que o aumento na pelo organismo provoca a chamada miniaturização do fio, que nada mais é que a diminuição do tamanho dos fios. “Não se sabe até hoje exatamente o que causa essa ação aumentada da testosterona, mas a principal hipótese é a genética”, informa a médica. Entre os casos em que há relação entre mudanças hormonais e a calvície, Dra. Bruna destaca os pacientes predispostos ao problema e que fazem uso de esteroides anabolizantes, drogas derivadas da testosterona e que são utilizadas para aumentar a massa muscular. Como consequência a esse uso, há uma piora na queda de cabelo. Como é feito o tratamento da calvície? A queda intensa dos fios é notada, inicialmente, no topo da cabeça e nas entradas, se espalhando para outras áreas com o tempo. Para freá-la, é importante procurar um médico para resolver a alteração hormonal e iniciar o tratamento. “O tratamento padrão ouro da calvície masculina consiste no uso de medicações tópicas e orais, que agem de diferentes formas no folículo para impedir a progressão do quadro e para aumentar a densidade dos fios”, afirma a dermatologista. Foto: Shutterstock
A puberdade precoce é mais comum entre as meninas?
A puberdade precoce, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é uma condição caracterizada pelo início das transformações corporais e pela maturação sexual antes do tempo considerado normal. O problema afeta as meninas de forma mais frequente, surgindo antes dos 8 anos. Já nos meninos, começa antes dos 9 anos. Puberdade precoce ocorre até 23 vezes a mais em meninas “O quadro é mais frequentemente observado no sexo feminino, ocorrendo de 3 a 23 vezes a mais. Há dois tipos de puberdade precoce: a puberdade precoce central (PPC) e a periférica (PPP). A PPC é a forma é mais frequente em meninas, tendo causa desconhecida em 95% delas, enquanto menos de 50% dos meninos têm causas indeterminadas”, explica a endocrinologista pediátrica Débora Lago. “A puberdade precoce central é causada pela ativação prematura do eixo hipotálamo-hipofisário-gônadas, iniciando a produção hormonal central precocemente. Já na PPP, ocorre aumento da secreção de estrógeno nas meninas e testosterona nos meninos, sem que haja estímulo do eixo gonadotrófico”, cita a especialista. Bisfenol A pode causar puberdade precoce A puberdade precoce pode estar associada ainda a outros fatores, como a exposição a hormônios ou a compostos químicos, como o bisfenol A. Trata-se de uma substância que está frequentemente presente em produtos feito de plástico e que, ao entrar em contato com o organismo das crianças, pode apresentar um alto risco de alteração do sistema endócrino-hormonal. Por esse motivo, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a importação e a fabricação de mamadeiras com essa substância na composição. Por outro lado, como já explicado pela Dra. Débora, muitos casos podem não apresentar causas definidas. Por isso, o acompanhamento pediátrico desde os primeiros anos de vida é fundamental para diagnosticar o problema o quanto antes, o que permite que o tratamento seja iniciado rapidamente, facilitando o controle das manifestações clínicas. Como é feito o tratamento da puberdade precoce? Segundo a médica, o tratamento pode variar de acordo com a causa e com as manifestações, mas não muda com o sexo. “Na PPC, o tratamento envolve o uso de análogos do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) que suprimem a maturação sexual e esquelética e reduzem a taxa de crescimento”, informa a especialista. Já na puberdade precoce periférica, o tratamento é dirigido para o tumor ou anormalidade subjacente em vez dos sinais da condição. Caso a causa primária esteja controlada, a progressão dos sinais de desenvolvimento sexual é interrompida e pode até mesmo regredir. Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP): https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/desenvolvimento/puberdade-precoce/ Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): http://portal.anvisa.gov.br/alimentos/embalagens/bisfenol-a Foto: Getty Images
Como a síndrome de Turner afeta relacionamentos pessoais e amorosos?
Conviver com varizes pode ser penoso para muitas pessoas devido à dor, ao desconforto e à possibilidade de afetar a qualidade de vida e a autoestima. Essa doença é caracterizada pelas veias dilatadas e tortuosas, localizadas em sua grande maioria na região das pernas. Alguns fatores, como o sobrepeso e o sedentarismo, podem afetar o controle da doença. Será, então, que a prática de atividades físicas e a manutenção de um peso adequado ajudam no tratamento de varizes? O cirurgião vascular Lucas Rodrigues esclareceu os benefícios. Exercícios físicos de média intensidade podem aliviar sintomas Não é preciso ter varizes para entender a necessidade de praticar exercícios físicos com regularidade. Como explica o cirurgião vascular, se movimentar previne uma infinidade de doenças: “Melhora as funções cardíaca e respiratória, diminui a ação de células inflamatórias, ajuda no controle da pressão arterial, dentre milhares de outros benefícios”. Para quem sofre com as varizes nas pernas ou em outras regiões do corpo, largar o sedentarismo é também é de extrema importância. “A atividade física otimiza o fluxo venoso, mais especificamente pela contração dos músculos das pernas. O principal deles é a panturrilha, referida por alguns autores como o ‘segundo coração’, devido à grande capacidade que esse grupo muscular tem de impulsionar o sangue venoso para frente”, diz Dr. Rodrigues. “A musculatura bem desenvolvida e um condicionamento cardiovascular adequado ajudam no fluxo venoso dos membros inferiores, até nos momentos de repouso”, afirma o médico. De acordo com o especialista, os melhores tipos de atividade física para quem convive com a doença são os de baixa ou média intensidade: “Alguns estudos sugerem atividade na água, outros reforçam mais a bicicleta e a caminhada. Fato é que existe a recomendação de que se pratique atividades físicas de forma regular, com o objetivo de controlar essa doença”. Em contrapartida, exercícios de alto rendimento devem ser evitados. “, como maratona ou halterofilismo, podem piorar a evolução das varizes”, alerta o cirurgião vascular. Sobrepeso causa mais dor em quem sofre com varizes O excesso de peso também é um fator de risco para o surgimento das varizes, segundo Dr. Rodrigues: “Hoje em dia, o sobrepeso é reconhecido como um fator de risco para o paciente desenvolver varizes e até evoluir para formas mais graves da doença. Entendemos que o peso abdominal aumenta a pressão do sistema venoso abdominal, dificultando a drenagem do sangue das pernas para o coração. Este sangue retido pode contribuir para as veias evoluírem com um certo ‘desgaste’ e ficarem insuficientes. Além disso, a gordura subcutânea é inflamatória, o que pode aumentar a intensidade dos sintomas de dor, o edema e a evolução para dermatites ou úlceras”. De acordo com Dr. Rodrigues, o tratamento de varizes e cuidados diários com a doença devem seguir alguns princípios básicos, para além da mudança de estilo de vida, como alimentação balanceada e exercícios físicos: – Compressão elástica nos membros inferiores: “A forma mais conhecida e recomendada é pelo uso das meias elásticas”; – terapia farmacológica: “Existem algumas medicações que podem aliviar os sintomas e ajudar na cicatrização das feridas estimuladas pelas varizes. A indicação de cada uma delas é feita de forma individualizada”; – cirurgia: “Principalmente se o paciente apresenta varizes de grosso calibre ou naquelas que evoluíram com complicações da doença (úlceras e dermatites), já foi comprovado que a melhora no curto e no longo prazo é mais efetiva com o auxílio do tratamento cirúrgico (sempre associado aos três itens detalhados acima)”, finaliza o profissional.
Raquitismo: Conheça a doença que pode ser causada pela deficiência de vitamina D
O raquitismo é uma doença óssea caracterizada pela formação inadequada das placas de crescimento em crianças. O problema faz com que seus ossos se tornem suaves e fracos, o que pode levar a deformidades, e está associado a diversos fatores. A carência dos principais minerais que participam da composição dos ossos é um deles. O raquitismo também pode ser hereditário ou causado pela deficiência de vitamina D. Deficiências de Vitamina D, cálcio e fósforo podem causar raquitismo “Essa doença normalmente está relacionada a níveis baixos de vitamina D, cálcio e fósforo”, explica a pediatra Renata Coutinho. “Todavia, há inúmeras causas associadas ao raquitismo, e todas elas podem afetar os principais componentes que fazem parte da formação óssea. Portanto, podemos ver crianças portadoras de raquitismo com os valores de vitamina D dentro da normalidade”. Para determinar se há ou não a presença de raquitismo, a médica diz que é necessário verificar alterações nos exames laboratoriais, o que engloba todas as manifestações clínicas típicas que permitem que o diagnóstico seja confirmado. Se de fato o causador da doença for a carência de algum nutriente, faz-se necessário a suplementação. Tratamento e principais riscos do raquitismo Como o raquitismo é multifatorial, seu tratamento deve ser direcionado para a causa específica. “Ele pode ser, inclusive, consequência de outras doenças, tais como doenças renais de origem genética e doenças do trato gastrointestinal. Pode estar relacionado a desnutrição grave, devendo, neste caso, ser tratado com recuperação nutricional e reposição dos elementos em baixas concentrações”, avalia Renata. Uma das formas de prevenção do raquitismo é a suplementação da vitamina D desde os primeiros dias de vida, já que esse nutriente é fundamental para o organismo desde o nascimento. A evolução do raquitismo pode gerar deformidades ósseas, além de afetar o crescimento de forma irreversível. A doença, no entanto, geralmente é parte de outros problemas clínicos. “Cabe ressaltar que o raquitismo é um diagnóstico clínico que, na grande maioria dos casos, faz parte de alguma outra entidade clínica (desnutrição grave, doença renal, doença genética)”, completa. Foto: Shutterstock