Não é novidade para você, nosso leitor, que estamos imersos em uma emergência de saúde pública internacional. O surgimento de uma nova forma de coronavírus tem movimentado drasticamente a comunidade científica e a população do mundo todo, exigindo de todos esforços individuais e coletivos.
Frente a este cenário a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), aconselhou que os idosos acima de 60 anos, especialmente os portadores de doenças crônicas, principal grupo de risco, adotem medidas de restrição de contato social.
Assim, devem evitar aglomerações ou viagens, o contato com pessoas que retornaram recentemente de viagens internacionais, contatos íntimos com crianças e adultos com provável contaminação pelo COVID-19.
Essa recomendação, na prática, auxilia a preservação da saúde, conforme observado na China e colabora para minimizar as taxas de mortalidade que estamos vendo em países, como a Itália.
Durante uma crise como a que estamos passando é normal que fiquemos, em um primeiro momento, com efeitos psicológicos negativos, experenciando sentimentos de apreensão, ansiedade, tristeza, irritabilidade e até em estado confusional.
Isso ocorre devido ao grande volume de variáveis estressoras que a Pandemia tem causado, como a alteração abrupta da rotina, deslocamentos prejudicados, atividades prazerosas interrompidas, excesso de informações ou até mesmo informações equivocadas, distanciamento de amigos e familiares, bem como possibilidade iminente de perdas afetivas e financeiras.
Diante deste cenário a Organização Mundial de Saúde, preocupada com as repercussões emocionais e sua interferência na qualidade de vida da população elaborou um documento para contribuir e propagar o bem estar mental das pessoas durante a pandemia.
A entidade ressalta algumas dicas valiosas como um suporte para a manutenção da sensação de bem estar. Selecionamos algumas para vocês:
- Dissemine informações positivas: Sempre que possível compartilhe notícias e imagens que tragam esperança. Enaltecer pontos de alegria, como a história de pessoas que se recuperaram do vírus nos coloca em uma corrente do bem.
- Estabeleça um diálogo aberto com as crianças: Ajude as crianças a encontrar maneiras positivas de expressar sentimentos como medo e tristeza que podem ser ocasionados pela mídia, alteração na rotina ou afastamento de um ente querido.
- Cuidado com o excesso de informação: Procure se atualizar sobre os fatos apenas 1 ou 2 vezes ao dia. Um fluxo constante de informações certamente causará uma aceleração desnecessária de pensamento e te deixará mais ansioso. Busque sempre por fontes confiáveis para não propagar Fake News.
- Seja empático com as pessoas com COVID-19: Não relacione o vírus à uma etnia ou nacionalidade diferente da sua. Elas não fizeram nada de errado, estamos todos suscetíveis a sermos infectados.
- Mantenha-se conectado: Sempre que puder, mesmo quando isolado ou em quarentena, de continuidade às interações convencionais por email, redes sociais, chamada de vídeo e telefone.
Estejam atentos aos meios possíveis e agradáveis de reinventar o dia a dia e as relações enquanto este estado de reclusão permanecer.
Referencias Bibliográficas
Rubin GJ, Wessely S. The psychological effects of quarantining a city. BMJ 2020; 368: m313.
who.int/docs/default-source/coronaviruse/mental-health-considerations.pdf