De acordo com o Departamento Científico de Gastroenterologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a lactose é o açúcar presente em quase todos os leites. A sua não digestão acontece quando temos deficiência – seja parcial ou total – de lactase. Essa é a enzima responsável pela quebra da substância em duas menores que poderão ser absorvidas pelo intestino delgado. É assim que se caracteriza a intolerância à lactose.
A explicação pode parecer complicada, mas os aspectos para diagnosticar e tratar o problema são mais simples do que aparentam. Porém, para que isso seja possível e para que você possa conviver com a condição com o bem-estar em dia, é fundamental contar com um profissional para te ajudar.
Para nos ajudar a saber por qual especialidade procurar, convidamos o Dr. Edir Porto, gastroenterologista. Confira as suas recomendações.
Tratamento para a intolerância à lactose não demanda multidisciplinaridade
Como afirmado anteriormente, a intolerância não é uma condição que demanda um cuidado tão complexo. Por isso, o Dr. Edir faz questão de ressaltar que o acompanhamento com um especialista é o suficiente para colocar os cuidados em dia. Ele ainda explica que mais da metade da população branca, a maioria dos negros e praticamente todos os asiáticos são intolerantes. Em relação à escolha da especialidade do profissional, ele ressalta:
“Geralmente são os médicos nutrólogos, gastroenterologistas ou nutricionistas que acompanham os pacientes com intolerância à lactose. Mas qualquer médico pode acompanhar o paciente por meio de exames periódicos”, explica o profissional.
De acordo com ele, os principais exames solicitados são o teste de tolerância à lactose (exame de sangue) e o teste de concentração de hidrogênio expirado (teste respiratório).
Você pode saber mais sobre como é feito o diagnóstico em outra matéria.
Mas será que essa condição demanda um acompanhamento frequente com o profissional, como outros problemas comuns? De acordo com o especialista, é preciso levantar algumas diferenças entre os intolerantes primeiramente.
“Se a intolerância à lactose é primária, esta condição não tem cura. Já se a causa é secundária, ocorrendo após diarreia infecciosa, doença celíaca ou outra doença que prejudique a mucosa do intestino, esta intolerância à lactose pode ser transitória.
Na causa primária, o paciente deve restringir o consumo de leite e derivados ou fazer uso da enzima lactase antes de consumir estes alimentos”, explica o gastroenterologista.
Como o Dr. Edir destacou, é importante investigar a origem do problema para saber como será a melhor forma de proceder com o tratamento. Por isso, caso os seus sintomas (conheça mais sobre eles) indiquem uma possível intolerância, não deixe de procurar o especialista.