O sedentarismo é colocado como um dos fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria. A relação da falta de prática de exercício físico na rotina com a doença se estabelece pela associação entre músculos e ossos, já que os primeiros estimulam e protegem os segundos.
Prática de atividade física estimula desenvolvimento ósseo
“Quem é sedentário tem mais probabilidade de desenvolver osteoporose do que quem é ativo. Na inatividade, os músculos não são requisitados e a tração deles sobre os ossos é quem determina e dá o balanço em remodelação e reabsorção. Quando a pessoa é ativa, isto é, desenvolve alguma atividade física na rotina, os músculo que estão inseridos nos ossos provocam uma força de tração que os torna mais fortes”, explica o geriatra José Eduardo Martinelli.
Segundo o especialista, a osteoporose que se desenvolve pelo sedentarismo, sem que nenhuma atividade física seja desenvolvida, pode ser nomeada de osteoporose por desuso. “Por exemplo, no caso de um paciente que precisou ficar acamado por 90 dias, a falta de tração torna os ossos mais fracos, osteoporóticos”, afirma o médico.
Já a Dra. Aline Ferreira, também geriatra, explica que o exercício físico que gera impacto e/ou tensão constitui um importante estímulo para a formação e fortalecimento dos ossos, pois transmite ao organismo humano a mensagem de que ele precisa aumentar a massa óssea para resistir ao impacto. Além disso, estimula a absorção de cálcio no organismo.
Principais exercícios para prevenir e tratar a osteoporose
“Os exercícios físicos mais indicados são os que provocam grande tensão muscular, como musculação, pilates, treino funcional, hidroginástica resistida, caminhada, trote e corrida”, informa a especialista. “Contudo, apenas o exercício físico não é suficiente para prevenir a osteoporose. Deve haver associação com dieta rica em fontes de cálcio e exposição solar adequadas, além de um acompanhamento médico regular”.
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