Você já ouviu falar em medicina paliativa? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma abordagem ou tratamento que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares impactados por doenças que ameaçam a continuidade da vida. O médico avalia o estado clínico e recomenda o tratamento para aliviar as dores e os outros sintomas, sejam eles de ordem física, emocional ou espiritual.
A medicina paliativa ajuda a diminuir o sofrimento
A médica Thays Antunes da Silva é formada em Medicina Paliativa e os define como “cuidados de proteção contra o sofrimento, quando o paciente vive com uma doença grave em progressão para a qual, na maioria das vezes, não há possibilidade de cura ou controle”.
A diferença entre esse tipo de tratamento e os demais difere em muitos aspectos, seja pelo foco do cuidado, que é a pessoa e não a doença, pela abordagem multidimensional, que envolve o físico, o social, o familiar e o mental, por exemplo, ou pela autonomia do paciente na tomada de decisões. “Nos cuidados paliativos, não há protocolos ou padrões para agir em cada situação. Existem princípios e cada situação será manejada individualmente”, destaca a profissional.
Paciente recebe apoio de equipe interdisciplinar
Outro elemento importante da medicina paliativa é o auxílio de uma equipe médica interdisciplinar e não apenas de um único profissional. Além disso, a morte é entendida como um processo natural da existência de qualquer indivíduo e que não deve ser adiada ou adiantada. Por outro lado, o impacto positivo nos pacientes, em alguns casos, é capaz de aumentar o tempo de vida.
No Brasil, ainda existem poucos locais que oferecem cuidados paliativos aos pacientes e aos familiares. De acordo com Thays, os envolvidos são, geralmente, médicos, enfermeiros, assistentes sociais e espirituais e psicólogos. No entanto, médicos e profissionais de outras áreas podem e devem compor a equipe, conforme a disponibilidade de cada serviço de saúde, como fisioterapeutas, nutricionistas e dentistas.