As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ou doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são um ponto fundamental quando o assunto é saúde masculina. De acordo com estudos realizados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a procura dos homens por um acompanhamento médico na saúde sexual ainda é muito baixa desde a adolescência, perdurando durante a vida adulta. Para esclarecer dúvidas sobre os tipos de ISTs mais comuns em homens, a nossa equipe contou com a ajuda do urologista Bruno Cezarino. Confira!
IST no homem é mais frequente? Quais são os sintomas?
De acordo com Dr. Cezarino, isso é um mito: “As infecções sexualmente transmissíveis acometem ambos os sexos em igual incidência. No entanto, determinadas afecções, como o HPV, são mais facilmente diagnosticadas em homens do que mulheres”. Embora a detecção de algumas doenças seja mais fácil no sexo masculino, eles ainda procuram os médicos menos do que as mulheres, tornando-os menos suscetíveis a descobrirem se possuem de fato alguma infecção sexualmente transmissível.
Os principais sinais de IST em homem são desconfortos na região íntima. Coceira e vermelhidão podem indicar a presença de herpes genital, pediculose pubiana (popularmente conhecida como “chatos”) ou infecção por citomegalovírus. Bolhas, feridas, verrugas e secreções anormais são sintomas de sífilis, HPV e tricomoníase. A dor ao urinar também pode ser um sintoma de IST em homem, em especial de afecções como a clamídia e a gonorreia. Doenças como a hepatite B e o HIV também fazem parte do escopo de ISTs e apresentam sintomas diversos.
Em busca do diagnóstico: como tratar ISTs em homens
O ideal é procurar um médico a qualquer sinal de anormalidade, dor ou desconforto íntimo. “O homem deve procurar o urologista imediatamente e a mulher, a ginecologista”, alerta Dr. Cezarino. O especialista poderá fechar o diagnóstico no consultório, a partir do exame clínico ou solicitar exames para detectar ISTs em homens, geralmente laboratoriais. Na maioria dos casos, o teste rápido de sangue pode indicar uma doença e, a partir daí, o médico poderá indicar o tratamento, que pode incluir medicamentos orais ou tratamentos tópicos, a depender da infecção.
Dr. Cezarino lembra, no entanto, que é possível se prevenir contra as ISTs de forma prática, rápida e indolor. O uso do preservativo em todas as relações sexuais é indispensável e protege o homem e a mulher de infecções sexualmente transmissíveis, algumas até mesmo sem cura, como o HIV. A conscientização e a prevenção são a chave para a busca do bem-estar e saúde.
Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU): https://portaldaurologia.org.br/publico/noticias/as-meninas-vao-ao-ginecologista-e-os-meninos/