Respiração difícil, falta de ar, tosse e chiado no peito são sintomas comuns de quem tem asma, certo? Sim, mas esses mesmos fatores também indicam outra doença: a DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica. “A diferença entre elas está na sua origem, na forma como elas agem no organismo e no tratamento”, explica o pneumologista Marcelo Magalhães Pegado, que listou as principais diferenças entre as doenças, facilmente confundidas devido aos sintomas parecidos. Confira!
1) A época em que surge a doença
Apesar dos sintomas serem quase idênticos, a principal diferença se dá na época em que eles aparecem e, consequentemente, em sua origem. “Enquanto a asma é hereditária e costuma aparecer na infância, é necessário anos e anos inalando fumaça para que alguém desenvolva a DPOC. Por isso, esta última costuma surgir em consequência do tabagismo e após os 50/60 anos de idade, principalmente”, explica.
2) O controle das doenças
Ambas as doenças não têm cura, no entanto, o tratamento da asma confere um controle quase que absoluto de todos os sintomas, enquanto que a DPOC é uma doença progressiva e mais complicada mesmo com o uso de medicamentos específicos. ”Por isso, a principal recomendação após o diagnóstico é parar de fumar e iniciar um estilo de vida saudável”, afirma.
3) O uso das famosas ‘bombinhas’ de ar
As famosas bombinhas de inalação, com efeito broncodilatador, é indicado para casos de asma para desobstruir o fluxo aéreo. “No entanto, nem todos os casos de pacientes com DPOC eu indico o uso, sendo o principal cuidado a descontinuação do fumo, a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável”, aponta o médico.
4) A prevenção
Diferentemente da asma, que é hereditária e não tem como prevenir, a DPOC tem fácil prevenção. “Não fume! É simples e fácil. Se você não fumar e não for fumante passivo, a chance de desenvolver DPOC é quase nula”, conclui o médico.