Ela surge silenciosamente e se desenvolve pelo corpo sem dar qualquer sinal de sua presença. No entanto, basta fazer um movimento incorreto ou dar um passo errado para as dores de uma fratura causada pela osteoporose virem à tona e começarem a incomodar ou até mesmo a oferecer riscos sérios.
A doença, que atinge principalmente mulheres a partir da menopausa, é causada pelo baixo nível de reposição mineral nos ossos, o que diminui sua densidade e os deixa mais fracos e sujeitos a fraturas. A falta de exposição ao sol, má alimentação (pobre em cálcio) e tabagismo são alguns dos fatores que facilitam o surgimento da osteoporose e sua piora.
Coluna lombar e quadril
Todos os ossos do corpo humano podem ser afetados pela doença. Entretanto, alguns deles oferecem mais riscos à manutenção da qualidade de vida se enfraquecidos. “As fraturas da coluna lombar, algumas vezes, necessitam de uma estabilização com cimento. Já as fraturas do quadril quase obrigatoriamente requerem tratamento cirúrgico”, explica o ortopedista e traumatologista Marcos Britto da Silva.
Fraturas no fêmur e no quadril são bastante comuns em idosos com osteoporose. Elas dificultam e até impedem que o indivíduo se locomova com segurança. Podem gerar complicações, como trombose e necrose e, em casos gravíssimos, levar à morte. Além disso, nos casos de osteoporose, as cirurgias no quadril podem provocar maior perda de sangue.
Os ossos do braço
As vértebras da coluna são fundamentais para o deslocamento do corpo. Quando frágeis, podem sofrer compressão e, como consequência, diminuir a estatura e provocar intensa dor na coluna. O rádio e o úmero também são danificados pela falta de minerais e dificultam a realização de atividades comuns do dia a dia. Isso porque eles constituem parte dos braços, membros muito utilizados, seja para dirigir, cozinhar ou até mesmo manusear objetos.
O tratamento das fraturas osteoporóticas é complicado e pode exigir implantes especiais, que são caros e nem sempre estão disponíveis. “Em algumas situações, não conseguimos uma reconstrução do osso exatamente como ele era antes e isso pode comprometer a qualidade de vida”, alerta o ortopedista.
