Recentemente comemorou-se o Dia Nacional de combate à Hipertensão. O momento é oportuno para esclarecimentos sobre a doença, responsável por 45% dos ataques cardíacos e 51% dos acidentes vasculares cerebrais, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, além da pressão alta, também há a pressão baixa. Você já sentiu tontura e moleza no corpo? Ou talvez já sentiu coração palpitar mais forte e um mal-estar? Em ambos os casos você pode ter sofrido queda ou aumento de pressão, respectivamente. O que diferencia ambas? Conversamos com cardiologistas para esclarecer as principais dúvidas.
Pressão alta e pressão baixa
Também chamada de hipertensão, a pressão alta baseia-se em níveis da pressão arterial, mensurada nos membros superiores, acima de 140x90mmHg. A pressão baixa, ou hipotensão, é a queda abrupta da pressão arterial. “Na pressão baixa, o conceito geral baseia-se mais nos sintomas relacionados do que em valores absolutos da pressão arterial”, explica o cardiologista Marcelo Paiva.Por exemplo, uma pressão arterial de 100x60mmHg com sintomas de tontura, sensação de desmaio, escurecimento visual, suor frio e palidez cutânea, claramente pode ser caracterizado como pressão baixa. ”Por outro lado, a mesma cifra pressórica na ausência de sintomas não requer nenhuma conduta específica”, complementa Paiva.
Semelhanças e diferenças entre ambas
O cardiologista Marcelo Mota explica que a semelhança entre ambas é que os sintomas refletem a perda da autorregulação da pressão arterial, como alterações visuais, confusão mental, dor forte no peito, entre outros. Já a diferença é que pacientes hipertensos, normalmente, são assintomáticos. “Os sintomas podem surgir quando a hipertensão atinge fases muito avançadas da evolução da doença”, diz.
O tratamento
Os profissionais afirmam que o tratamento é diferente. “Um tem por finalidade abaixar a pressão (restrição de sal, uso de medicamentos hipotensores), enquanto no outro o objetivo será corrigir eventuais causas de pressão baixa”, explica Paiva. Sobre a hipertensão, Mota complementa: “Envolve mudanças de hábitos de vida e, em casos específicos, terapêutica medicamentosa”.