O tabagismo é uma das principais causas de morte evitáveis em todo o mundo. O fumo, seja por meio de cigarro, charuto ou cachimbo, prejudica a saúde do fumante por causa das substâncias presentes nesses produtos. Ele também afeta as pessoas que estão próximas, chamadas de fumantes passivas, que inalam a fumaça tóxica produzida pelo tabaco.
De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 66% da fumaça é lançada para o ambiente. Ao entrar em contato com ela, o fumante passivo está exposto a mais de quatro mil compostos. Desses, 40 são cancerígenos e 200 são tóxicos. A quantidade é similar à encontrada na fumaça tragada pelos fumantes.
Protegendo a saúde
“A fumaça atinge todos os cômodos de uma casa, mas afeta também que está dentro de um carro, restaurante ou escritório. Abrir a janela, instalar filtros e fumar em outro cômodo não são medidas eficazes para proteger outras pessoas da fumaça”, alerta o pneumologista Ciro Kirchenchtejn.
No Brasil, a chamada Lei Antifumo proíbe, desde 2014, o consumo de cigarros e outros produtos em locais fechados de uso coletivo, sejam eles públicos ou privados. A legislação tenta diminuir os casos de doenças causadas pelo fumo passivo, protegendo também os fumantes.
Os perigos do fumo passivo
As consequências do contato com a fumaça podem ser severas. “Crianças cujos pais fumam têm 1,5 vez mais chance de desenvolver asma com crises mais intensas, têm risco elevado de até 72% para doenças respiratórias e maiores chances de sofrer com a Síndrome da Morte Súbita”, explica Kirchenchtejn.
A situação não fica mais fácil para os adultos, já que aumentam os riscos de doenças cardiovasculares, como infartos e AVCs, além de câncer de pulmão. Contra esses problemas, a prevenção é a melhor escolha: não permita que fumem dentro de sua casa ou carro e evite deixar os filhos expostos à fumaça tóxica.