De acordo com a ginecologista e obstetra Vanessa Sekula, a audição do bebê começa se desenvolver no início do segundo trimestre da gravidez. A partir desta fase, ele já pode ouvir as vozes da mãe e do pai, escutar ruídos da rua e de casa e, claro, ouvir música. Os sons ficam registrados e podem criar lembranças do período intrauterino.
Música pode agitar ou acalmar bebê durante gestação
A música tem a capacidade de provocar diversas sensações nas pessoas, como calma, ânimo e felicidade. Então, por que não utilizá-la também durante a gestação? “Ao expor ao bebê ao som de músicas, é possível criar um estímulo e os diferentes sons utilizados irão provocar estímulos diferentes”, explica a médica.
A exposição a ruídos abruptos e de forte intensidade costuma deixar o bebê agitado, enquanto sons calmos costumam reverberar de maneira mais suave e podem acalmá-lo. “O ideal é utilizar sons suaves e compassados. Músicas clássicas, canções adaptadas ao estilo de músicas de ninar e sons da natureza constituem o estímulo ideal”, afirma a especialista.
Música clássica deixa bebê mais inteligente?
Existem diversas teorias que afirmam que bebês que ouvem música clássica, tanto na barriga da mãe quanto depois do nascimento, ficam mais inteligentes. Segundo Vanessa, apesar de alguns grupos defenderem essa ideia, não existem estudos suficientes, até o momento, para confirmá-la tecnicamente.
O que foi observado em trabalhos executados na área de Musicoterapia, no entanto, é que os bebês ficam mais calmos ao serem expostos ao mesmo grupo de músicas que foram utilizadas para estimulá-los na vida intrauterina. A técnica pode ser aplicada para melhorar ainda mais a experiência da maternidade, acalmando mãe e filho na hora de amamentar e de dormir, por exemplo.
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