A angina é um sintoma caracterizado por dor forte no peito, o que pode remeter a um quadro de infarto, em que há obstrução do fluxo de sangue nas artérias que irrigam o coração. Contudo, ambos são processos distintos. Quando não investigada e tratada, a angina pode provocar um infarto. Portanto, trata-se de um alerta indicando que o coração não está sendo oxigenado adequadamente.
Perigos e tipos de angina
“Quando o paciente apresenta angina, é comum ele achar que já está infartando e assim acaba procurando atendimento médico. No entanto, o grande risco da angina gerar problemas graves é quando ela não se manifesta em um quadro agudo do infarto, pois dessa forma pode passar despercebida e levar a sequelas cardíacas às vezes irreversíveis”, alerta a cardiologista Bruna Cristina Baptistini.
Em geral, a angina pode ser classificada como estável ou instável. No primeiro caso, o coração trabalha mais intensamente em função de fatores como atividades físicas e emoções fortes, desacelerando conforme a frequência dos eventos vai caindo. Sua durabilidade é curta. Já no segundo, a duração é mais longa e o afastamento do fator causal não resulta em melhora, às vezes mesmo com o uso de medicação.
Hábitos saudáveis para evitar a angina e suas consequências ruins
De acordo com a médica, a angina pode ser evitada através de hábitos de vida saudáveis, tais como realização de atividade física regular, manutenção do peso corporal adequado, alimentação com restrição de gordura e sal, cessação do tabagismo e do álcool e controle das comorbidades associadas (hipertensão arterial e diabetes mellitus).
“Adotar essas práticas na vida significa prevenir o acúmulo de placas de colesterol (gordura) nas paredes dos vasos sanguíneos, com consequente diminuição do risco de desenvolver doenças cardiovasculares”, explica. O tratamento da angina se vale também de medicação específica. Existem situações, entretanto, que exigem procedimentos cirúrgicos como o implante de stents (angioplastia) ou abordagem cirúrgica.
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