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O poder da socialização: entenda os benefícios para o cérebro e o bem-estar

Amamentação
Cuidados e Bem-estar
Longevidade

14 de abril de 2025

Tomar um café da tarde ou ir ao cinema com alguém que amamos vai muito além de tornar a rotina mais leve — esses gestos simples podem ser fundamentais para uma vida mais saudável e feliz. 

De acordo com a psiquiatra Carmen Sylvia Ribeiro, coordenadora do Departamento de Psiquiatria da SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas), a socialização fortalece o sistema imunológico, reduz os níveis de estresse e ainda exerce efeitos positivos no cérebro, promovendo saúde mental, resiliência e até maior longevidade.

Logo, manter a proximidade com outras pessoas não é apenas uma forma de lazer e diversão, mas uma necessidade para o equilíbrio emocional e o bem-estar. Em um mundo hiperconectado, e marcado pelo aumento da solidão, cultivar interações genuínas é essencial para uma existência plena e, quem sabe, mais longa.

Benefícios da socialização 

A psiquiatra Carmen Sylvia Ribeiro destaca o quanto a socialização é indispensável para a saúde mental. Segundo ela, as interações diárias e o exercício de empatia podem reduzir os níveis de estresse e ansiedade, ajudando a prevenir transtornos como a depressão. 

“Manter um círculo social positivo ativa áreas cruciais do cérebro, beneficiando a memória e a cognição”, afirma a especialista.

Além disso, a interação positiva com outras pessoas libera os famosos hormônios da felicidade, como a ocitocina e a serotonina, que geram uma sensação prazerosa e satisfatória. Ou seja, essa troca pode melhorar nosso humor e sensação de bem-estar.

Assim, esses hormônios ajudam a criar vínculos fortes e duradouros, fundamentais para o suporte emocional nas adversidades da vida. 

“Estudos mostram que quem tem um bom apoio social lida com desafios de forma mais resiliente, o que pode ser determinante para a saúde mental de longo prazo”, acrescenta Carmen.

A importância dos vínculos emocionais 

A comunicação, seja ela presencial ou virtual, tem papel indispensável na manutenção dos laços afetivos. Conversar regularmente, mesmo que virtualmente, e demonstrar um interesse genuíno pelas emoções e conquistas dos outros fortalece os vínculos emocionais e cria oportunidades para interações espontâneas. 

“Ser um bom ouvinte e evitar julgamentos são atitudes fundamentais para relações saudáveis e genuínas”, explica a psiquiatra.

Como a solidão pode fazer mal à saúde?

Por outro lado, a solidão pode ter consequências graves. A falta de interação social constante pode levar ao aumento do risco de depressão, ansiedade e, até mesmo, ao declínio cognitivo. 

“Estudos revelam que a solidão crônica pode acelerar doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, devido à falta de estímulos cerebrais importantes, como aqueles que envolvem compreensão social e resolução de conflitos”, alerta Carmen.

O isolamento social também é associado ao aumento de doenças cardiovasculares, obesidade e uma redução na imunidade. “A solidão prolongada enfraquece não só o bem-estar emocional, mas também o físico, criando um ciclo de prejuízos à saúde”, diz a especialista.

Desafios para cultivar relacionamentos

A vida moderna impõe diversos desafios para cultivar e manter boas relações. A rotina corrida, o excesso de exposição às telas e as distâncias geográficas dificultam as interações frequentes. 

Além disso, desentendimentos e opiniões diferentes também podem enfraquecer laços, mas, quando resolvidos por meio de comunicação empática e diálogo, podem fortalecer ainda mais as conexões. 

No entanto, socializar de forma genuína e manter uma rede de apoio ativa são atitudes essenciais para preservar a saúde mental e emocional. “A empatia e o amor são fatores-chave para engajamento social. Essas atitudes ajudam a preservar a saúde mental e a proteger o cérebro dos efeitos negativos do isolamento”, conclui Carmen.

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