A ansiedade é uma resposta normal do nosso organismo a situações estressantes, e todos experimentam essa sensação ao longo da vida. No entanto, em níveis elevados, a ansiedade pode se tornar patológica, quando passa a interferir na capacidade de enfrentar os eventos difíceis ou estressantes do dia a dia. Nesses casos, pode causar sofrimento e prejudicar o trabalho ou estudo, o relacionamento com familiares e amigos, e outras situações cotidianas. Entre os sintomas mais frequentes estão as preocupações muito intensas, duradouras e difíceis de controlar, a dificuldade para relaxar, tensão muscular e insônia.
Alimentação equilibrada e exercícios frequentes ajudam bastante
De um modo geral, ter hábitos de vida saudáveis ajudam a lidar com o estresse e ansiedade na rotina. “Algumas mudanças de comportamento podem auxiliar no controle dos sintomas da ansiedade e prevenir que ele se agrave, como respirar profundamente e lentamente, descansar e dormir o quanto precisar, dedicar um tempo a atividades como ouvir música, praticar meditação, ioga, etc”, indica a psiquiatra Camilla Pina.
A atividade física também está associada à redução da ansiedade, à melhora da saúde física, da atenção, memória e raciocínio, e do bem estar psicológico, além de proteger contra os efeitos nocivos do estresse.
Os exercícios físicos têm sido considerados um tratamento efetivo e de baixo custo: “Uma única sessão de exercícios já ajuda a diminuir os níveis de ansiedade, mas os melhores resultados aparecem com a prática regular, por 15 a 30 minutos, pelo menos três vezes por semana, com intensidade leve a moderada”, explica Camilla. Exercícios aeróbicos rítmicos, usando grandes grupos musculares, como natação, corrida e ciclismo, costumam ser os mais eficazes.
O uso de remédios pode ser necessário em casos mais profundos
Ter uma alimentação saudável e balanceada ajuda no controle da ansiedade. É importante manter intervalos regulares entre as refeições, evitando períodos prolongados de jejum. O consumo de álcool e cafeína pode agravar a situação, então o ideal é reduzir a ingestão dessas substâncias.
No entanto, quando os sintomas de ansiedade são graves ou quando estão associados a outros distúrbios, como a depressão, o tratamento com medicamentos deve ser considerado. “É essencial a procura por um profissional nestes casos para orientar e acompanhar, já que as medicações podem causar outros efeitos na saúde física e mental. O tratamento com psicoterapia também costuma ter boa resposta na manutenção do tratamento”, completa a médica.