O verão se aproxima, você ansiava por esse momento para pegar óculos e chapéu e ir à praia. Mas quando se olha no espelho percebe um herpes se desenvolvendo. Complicado, não é mesmo? A doença contagiosa que, talvez, ficou meses sem aparecer, pode surgir de repente causando aquele desconforto. Por que as lesões voltam depois de um certo tempo? Descubra a resposta com as palavras de uma dermatologista.
Calor e estresse podem provocar as lesões
O chamado herpes recorrente é a reincidência de lesões do herpes, geralmente no mesmo local da primeira infecção. “Elas surgem após alguns eventos como exposição solar e estresse intenso. Esse número de recidivas é variável, podendo ir de 2 a 8 ou mais por ano”, explica a dermatologista Sylvia Cysneiros. Nos episódios recorrentes, as manifestações são mais discretas e costumam durar menos tempo. “As lesões são precedidas por sintomas locais de ardência e formigamento, seguidas de manchas avermelhadas que evoluem para vesículas (pequenas bolhas), que posteriormente se rompem, deixando uma área de erosão e pequenas crostas”.
Por não ter cura, o herpes pode voltar com frequência
A profissional conta que o vírus do herpes tem a propriedade de permanecer no corpo humano em estado de latência. Isso significa que após a primeira infecção, mesmo sendo realizado o tratamento correto, o vírus não é eliminado. “O indivíduo fica sem produzir nenhum sinal ou sintoma até que ocorra alguma alteração capaz de ativá-lo novamente, como queda de imunidade, estresse, exposição prolongada ao sol, infecções ou trauma local”.
Contato com as lesões ativas provocam transmissão do vírus
Sylvia explica que o vírus do herpes pode ser transmitido até mesmo na ausência de lesões, porém, é no período que as lesões estão ativas que ocorre o maior risco de contágio. “O contato direto com as lesões ativas, sobretudo na fase de vesículas, é a principal forma de contágio”, diz. As lesões, entretanto, podem durar cerca de uma semana. O tratamento, que deve ser sempre indicado por um profissional, é feito por meio de medicação antiviral oral. “As medicações podem ser prolongadas além do tempo de permanência das lesões para tentar minimizar a frequência das recidivas”, concluiu.