Dor de garganta e tosse constante? Isso pode ser faringite! Esse problema de saúde muitas vezes é confundido com uma gripe ou resfriado, mas possui especificidades bem características que merecem atenção especial. Para conhecer essa doença e te deixar bem informado, a nossa equipe contou com a colaboração do pneumologista José Eduardo Martinelli, que tirou algumas dúvidas sobre o assunto. Veja mais abaixo!
O que é faringite?
A faringite é uma infecção que acomete a faringe, região que compreende a parte superior traseira da garganta, que liga o nariz e a boca ao esôfago e à laringe. Por comprometer uma parte que conecta órgãos, a faringite afeta tanto o sistema respiratório quanto o digestivo.
Tipos de faringite: sintomas ajudam a identificar
“A faringite na verdade é uma infecção que pode ser bacteriana, viral ou de origem alérgica”, explica Martinelli. “Ela pode provocar tosse, halitose (mau hálito) e febre. Apesar de ser uma região localizada ela pode causar o que chamamos de febre sistêmica”. Além desses sintomas, diferentes faringites podem apresentar sintomas característicos.
● Faringite viral: a febre é baixa e pode haver coriza, tosse e dor de garganta.
● Faringite bacteriana: febre moderada a alta e amígdalas inchadas, podendo apresentar placa de pus
● Faringite estreptocócica: causada por uma bactéria específica, a Streptococcus pyogenes, esse tipo de faringite causa febre alta e manchas brancas na garganta (diferentes das placas de pus), além de tosse e dor de garganta intensa.
● Faringite alérgica: causada pela reação do organismo a alérgenos comuns, como poeira, ácaro, pólen, entre outros. Causa pigarros, coceira na garganta, espirros e coriza.
Faringite bacteriana é grave?
Todos os tipos de faringite merecem atenção, mas a bacteriana e estreptocócica precisam de maiores cuidados. Martinelli explica que a faringite pode evoluir para outro quadro. “Há uma condição chamada sinobronquite, que é a infecção dos seios da face”, diz o médico. Outro risco que uma faringite não tratada oferece à saúde é a febre reumática, que é uma sequela das bactérias estreptocócicas no geral. Apesar de rara, ela é um risco que deve ser considerado.
De modo geral, a faringite não é preocupante, sendo uma infecção simples, que tem seu curso finalizado após alguns dias de tratamento (sintomático ou não). Entretanto, ao perceber que os sintomas persistem e se intensificam, é necessário procurar atendimento médico novamente com urgência. Outros sinais de alerta são: inchaço na região da garganta, respiração dificultada e febre muito alta.
Tratamentos para faringite: beber muita água é fundamental
O diagnóstico da faringite é clínico, sendo possível visualizá-la no consultório. O tratamento varia conforme a causa e, segundo o pneumologista, pode ser observado a partir da liberação do muco. “Quando a secreção muda de cor é necessário introduzir o antibiótico.né? Enquanto ela é mucoide transparente, é possível tratá-la apenas com antialérgico e/ou anti-inflamatório. Com a mudança da coloração, significa que tem uma contaminação e aí você tem que usar antibiótico”, explica o médico.
Com relação à melhora dos sintomas, é muito importante que o paciente se hidrate com frequência, tomando no mínimo 2 litros de água por dia, além de evitar locais fechados, priorizando sempre ambientes arejados. Podem ser utilizadas pastilhas ou sprays específicos para alívio da dor, porém sempre com orientação médica



