A dificuldade na respiração pode ser desencadeada por diversos fatores. Algumas perguntas podem ajudar a reconhecer o quadro. Você, eventualmente, tem falta de ar? Tem tosse insistente e seca durante a noite ou quando acorda? Os sintomas surgem ou pioram quando é feita alguma atividade física? Suas gripes e resfriados são longos e com mais sintomas? Se você diz sim para uma ou mais perguntas, pode ser que você esteja sofrendo de asma. Mas, como diferenciar uma asma de uma crise alérgica?
Asma x alergia
O especialista em alergia-imunologia, Dr. Raul Emrich Melo, afirma que a asma, em pessoas com o diagnóstico de alergia, pode ser considerada uma crise alérgica. “Por exemplo, quando o paciente entra em um quarto com mofo e acorda com sintomas de asma. Muitas vezes o reconhecimento da crise pode ser difícil, então o médico recorre a exames como a prova de função pulmonar”. É importante entender, entretanto, que a asma pode ser provocada por uma reação alérgica, porém, ter alergia não significa ter asma. Raul diz que a prevenção é possível com remédios e medidas ambientais: “Encapar travesseiros e colchões, evitar contato com substâncias que desencadeiam crises, etc”.
Fique de olho nas situações de risco
O paciente asmático também pode observar os problemas em cada ambiente para, assim, tomar medidas preventivas. “Há preocupações para estes pacientes em viagens. A primeira é o meio de transporte. Nos aviões a umidade relativa do ar interno gira em torno de 10 a 20%, o que é altamente irritante para as vias aéreas (acima de 40% é o ideal)”, conta. A umidade baixa, no entanto, continua a ser um problema, resultando em dores de cabeça, tosse, mal-estar e possíveis crises. A dica é levar uma solução salina (é comum encontrar em farmácias) e utilizá-la a cada hora durante o deslocamento e ter ao lado a medicação receitada pelo médico.
Conhecer bem o local para onde se vai também é importante, pois ao chegar a um ambiente que ficou muito tempo fechado, sem receber sol e está úmido, provavelmente haverá fungos. Estes são muito prejudiciais aos asmáticos, além de serem alimentos para os ácaros, que se reproduzem sem controle. “Leve capas antiácaros sobressalentes na viagem. Assim você evitará surpresas desagradáveis. O melhor que se pode fazer, nesses casos, é manter a asma sob controle, com medicações adequadas, nas doses certas e utilizadas de modo correto, de acordo com as orientações dos médicos”, conclui.