As cirurgias oferecem riscos de infecções bacterianas aos pacientes. Hoje, graças aos cuidados médicos e ao maior conhecimento sobre prevenção, o número de casos é bastante reduzido. Ainda assim, cerca de 11% dos pacientes submetidos a cirurgias são infectados nos países de média e baixa renda.
Medidas podem reduzir infecções em até 39%
Baseando-se em pesquisas e dados científicos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou um documento com 29 medidas que devem ser aplicadas para reduzir o risco de infecções no pré e no pós-operatório e também durante os procedimentos cirúrgicos. Um estudo realizado em países africanos indicou a possibilidade de redução de até 39% dos casos de contaminações com a adoção das novas diretrizes.
As recomendações são divididas em dois grupos: 13 medidas fazem referência ao pré-operatório e as outras 16 são relativas ao momento da cirurgia e à recuperação do paciente. As diretrizes incluem garantir que a pessoa não seja depilada e tome banho antes do procedimento e instruções aos médicos sobre como higienizar as mãos corretamente.
Documento busca combater resistência a antibióticos
Um dos pontos mais importantes do documento, elaborado por 20 especialistas, trata sobre o uso de antibióticos. A OMS desaconselha a utilização desses medicamentos após uma cirurgia. O paciente deve consumi-los apenas antes ou durante o procedimento. A medida tem como objetivo frear as transformações das bactérias combatidas pelos antibióticos e que, consequentemente, tornam o tratamento mais difícil.
As novas condutas também recomendam a colocação de luvas cirúrgicas, a não interrupção do uso de medicamentos imunossupressores antes de uma cirurgia e a utilização de aquecedores para manter a temperatura corporal estável. Com a adoção do documento em escala global, é esperado que haja melhorias na qualidade de vida, além da redução dos custos dos procedimentos cirúrgicos.