O câncer da pele é a variação da doença mais incidente na população, representando 25% dos casos. Existem diversos tipos de câncer de pele, mas, em geral, ele é definido pelo crescimento anormal e descontrolado das células epiteliais. Pode ser complicado diferenciar um sinal de pele benigno de um maligno, mas existem algumas características específicas que merecem atenção e podem incentivar uma visita ao dermatologista.
O melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele
Os dois tipos mais frequentes de câncer de pele são os carcinomas basocelulares e espinocelulares, que são diretamente relacionados à exposição solar acumulada ao longo da vida. Já o melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele, está em mais de 90% dos casos relacionados à exposição em excesso à radiação ultravioleta, sendo principalmente associado às queimaduras solares. “Além do sol, outros fatores de risco são o fototipo (peles muito claras, olhos e cabelos claros), história pessoal ou familiar de câncer de pele, estados de imunossupressão (por exemplo, pacientes submetidos à transplantes de órgãos), hábito de se submeter à bronzeamento artificial, entre outros”, explica a dermatologista Lilia Guadanhim.
Procure observar o tamanho, tonalidade e evolução do sinal
Para saber se o sinal que está te preocupando é benigno ou maligno é preciso prestar atenção assimetrias como, por exemplo, um lado mais escuro que outro, ou se é um sinal com bordas irregulares, mais espalhado do que arredondado; se tem mais de uma cor ou tonalidade; se tem diâmetro maior que 6mm; e se ele se modifica ou cresce ao longo do tempo. “Nos estágios iniciais, as lesões tendem a ser assintomáticas. Com a evolução, pode haver dor, ulceração ou sangramento, além de feridas que não cicatrizam”, continua Lilia.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda a regra do ABCD (Assimetria, Borda, Cor e Dimensão), que torna mais fácil a memorização das características que devem ser avaliadas com atenção com relação a sinais na pele.
Para fazer o diagnóstico precoce, o principal é procurar rapidamente um dermatologista, assim que notar um sinal suspeito na pele. É indicado também incluir o dermatologista na rotina de check-ups e programar uma consulta, com exame dermatológico completo, pelo menos uma vez por ano. No site da Sociedade Brasileira de Dermatologia há uma calculadora de risco de câncer de pele, que você pode conferir clicando aqui.
Protetor solar é imprescindível todos os dias para evitar a doença
O tratamento do câncer de pele depende do tipo, agressividade e tamanho. “O principal é a cirurgia, mas há possibilidade de uso de nitrogênio líquido, imiquimod, curetagem, terapia fotodinâmica, radioterapia, entre outros”, diz a dermatologista. No entanto, para evitar a doença, é imprescindível proteger a pele adequadamente do sol, usando filtro solar com proteção mínima 30 e contra raios UVA e UVB desde a infância, mesmo em dias que não for a praia. “A proteção solar deve ser um hábito diário, mesmo em dias chuvosos ou quando se está em ambientes fechados. Além do filtro solar, o uso de medidas complementares, como chapéu de aba larga, óculos escuros e sombra são recomendados”, completa a dermatologista.