Um distúrbio psiquiátrico que altera a rotina de milhares de pessoas pelo mundo, o TOC vai além de simples manias, se caracterizando por compulsões e obsessões que causam sofrimento no paciente, em seus familiares e amigos próximos. Pelo lado positivo, a medicina tem tratamentos eficazes que ajudam a controlar o problema e melhorar a qualidade de vida daqueles que sofrem com a doença.
Os tratamentos
Existem dois tipos de tratamentos: os que usam medicamentos e os que utilizam terapia para sanar o transtorno. O primeiro tipo aposta na utilização de antidepressivos que agem em favor da serotonina, um neurotransmissor que atua no sono, no humor e no apetite.
O tratamento do TOC também difere do tratamento da depressão no tempo de resposta aos medicamentos, como aponta a psiquiatra Vera Garcia. “Embora o tratamento seja muito semelhante ao da depressão, o paciente com TOC responde de forma mais lenta, necessitando aproximadamente de 3 a 6 meses de uso das medicações para determinar se haverá uma resposta satisfatória”, afirma a psiquiatra.
O tratamento que não utiliza medicação é a chamada terapia cognitivo-comportamental. Bastante eficiente, ela trabalha o transtorno batendo de frente com o problema. O terapeuta auxilia o paciente a enfrentar situações que o deixam ansioso ou tenso, começando de maneira mais leve e avançando com o passar do tempo.
Combinando possibilidades
Para melhores resultados, é possível combinar as duas formas de combate ao TOC e até recorrer a outros procedimentos. “Para os casos muito graves, refratários a todos os tratamentos disponíveis, estão indicadas a Eletroconvulsoterapia e a intervenções psicocirúrgicas”, explica Vera.
Também é muito importante que o doente e a família conheçam a doença a fundo e entendam como ela funciona. Muitos são vítimas de preconceito e da falta de informações sobre o funcionamento do transtorno. Com o conhecimento em mãos, os tratamentos são mais rápidos e provocam menos sofrimento, possibilitando o controle do TOC no dia a dia. Os sintomas podem recuar totalmente, embora a remissão completa seja relativamente rara.
