O corpo humano possui dezenas de articulações, fundamentais para nossos movimentos. A osteoartrite, que acreditava-se ser parte natural do envelhecimento do ser humano, pode também ser causada parcialmente por outros fatores. “É possível surgir um quadro de osteoartrite por algum esforço repetitivo ou excesso de peso e, com isso, inflamar a articulação”, explica a fisioterapeuta Thaysse Grativol. A osteoartrite não tem cura, mas o tratamento, se seguido à risca, permite melhor qualidade de vida e o desaceleramento da progressão da doença.
É importante lembrar sempre que apenas um médico habilitado pode diagnosticar e tratar a osteoartrite. Antes de tomar qualquer medicação, consulte um especialista!
Entendendo a osteoartrite
É importante distinguir entre artrite, que define uma série de inflamações nas articulações, e artrose, atualmente conhecida como osteoartrite. Apesar de comumente confundidas, são doenças diferentes. “Artrite é inflamação e artrose é degeneração. É possível, por exemplo, que um paciente tenha a artrite sem artrose, mas quando se tem a artrose pode se ter inúmeras vezes a artrite junto. Não são a mesma coisa, mas estão intimamente ligadas”. A inflamação que ocorre com a osteoartrite não é intensa, mas contribui para os sintomas que a pessoa apresenta e para a deterioração da articulação acometida. Os seus principais sintomas incluem: inchaço, sensação de estalos nas juntas e dificuldade para movimentação. “Pode acometer qualquer articulação: joelho, tornozelo, coluna, ombro, quadril, dedo, punho, cotovelo, etc”.
A fisioterapia ajuda no tratamento de osteoartrite
A osteoartrite possui algumas opções de tratamento, envolvendo fisioterapia e medicamentos, responsáveis pela redução da inflamação localizada. “O tratamento usa atividade física regular e, em caso de dor, medicação adequada”, diz a fisioterapeuta. Outra grande aliada é a fisioterapia que possui tratamento de eletroterapia (uso de aparelhagem) e crioterapia (uso de gelo). A realização do tratamento reduz as inflamações causadas pela doença e retarda sua progressão. A fisioterapia pode, ainda, melhorar a movimentação das articulações e fortalecer os músculos. “O tratamento envolve movimentos articulares, fortalecimento, alongamentos e aparelhagem”.
Outras recomendações que auxiliam no tratamento
A profissional recomenda algumas medidas que fazem com que o paciente alcance qualidade de vida. Exercícios de baixo impacto, como caminhada, natação e pilates; alimentação rica em cálcio; pegar sol antes das 10h e depois das 16h para facilitar a absorção de cálcio e sintetização da vitamina D são outras dicas. “A redução de peso também é extremamente importante, além de evitar esforços repetitivos nas articulações, como o excesso de exercícios”. Também é preciso que o paciente se policie com relação à sua postura ao sentar, evitando algumas posições inadequadas, ou na hora de levantar objetos que podem sobrecarregar suas articulações.
Em casos mais avançados, com degeneração maior da cartilagem entre articulações, como no joelho, o uso da bengala também pode ajudar a aliviar a carga colocada na área afetada, reduzindo a dor e a progressão da doença.
Dra. Thaysse Grativol, é graduada em Fisioterapia pela UNISUAM. Crefito 82414-F