A doença hemorroidária, conhecida popularmente como hemorroidas, ataca a região de veias do canal anal e costuma incomodar muito por causa das dores. Estas dores são por conta da inflamação e inchaço devido a um aumento do fluxo sanguíneo na parte interior do reto ou do ânus. Mas como fazemos para tratá-la? Convidamos dois proctologistas para falar sobre o assunto.
Sintomas e tratamento
Sensação de desconforto, coceira, umidade e, principalmente, o sangramento da região anal são os sinais mais claros de um paciente com a doença hemorroidária. Caso alguns destes sinais sejam evidentes, é recomendado a procura de um especialista, no caso um proctologista, para o começo do tratamento.
As hemorroidas podem se manifestar de diferentes formas em cada paciente. “Todo tratamento deve ser avaliado individualmente. Englobam tratamento que podem ser feitos no consultório (com mudanças de hábitos e medicamentos), a ligadura elástica, que envolve um procedimento de fixação da hemorroida com uso de anéis elásticos, e tratamentos cirúrgicos, realizados em ambiente hospitalar”, esclarece o proctologista Bruno Giusti.
Alimentação colabora
Após a primeira consulta com o médico, o tratamento, que depende da fase do desenvolvimento da doença, será iniciado. No primeiro momento, um dos cuidados mais importantes é corrigir a constipação, que nada mais é que uma alteração no trânsito intestinal, que gera retenção das fezes ou dificuldade na sua evacuação.
E este cuidado passará pela alimentação, já que alguns alimentos contribuem para uma boa circulação sanguínea. “Junto ao tratamento medicamentoso, é recomendado um consumo maior de fibras, pois alivia a constipação e o esforço para evacuar – principais formas que as pessoas pressionam o ânus”, diz o proctologista Fernando Valério.
Os alimentos mais indicados para dieta no tratamento são cereais integrais, frutas, alface e aveia. Além disso, a ingestão de água todos os dias é fundamental, como destaca o médico: “O trato intestinal precisa de líquidos para conduzir as fibras”. Mas existem também os comestíveis que podem atrapalhar o tratamento e que devem ser evitados para não causarem inflamações, como os industrializados, condimentados e apimentados.