Diariamente, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) divulga dados consolidados sobre a COVID-19. O processo de atualização dos dados no Brasil é realizado através das informações oficiais repassadas pelas 27 secretarias estaduais de saúde.
Caso você tenha curiosidade e ainda não tenha acessado, pode acompanhar a divulgação destes dados epidemiológicos e da estrutura para o combate do vírus diariamente por meio do site: https://coronavirus.saude.gov.br/.
Segundo um estudo recente e em andamento, coordenado pela Universidade de Pelotas, para cada caso notificado nas cidades pesquisadas (Porto Alegre, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Ijuí e Uruguaiana) há em torno de nove não notificados, o que nos leva a crer sobre a vasta sub diagnosticação da doença, presente em território brasileiro.
Diante destas informações, a dura realidade que tanto temos ouvido pelos noticiários e mídias sociais, desde o primeiro caso confirmado no país em 26 de fevereiro, tem se aproximado. A probabilidade de termos pessoas conhecidas com sintomas do coronavírus fica cada vez maior. E o que fazer, em um momento de tanta insegurança, para ajudar de maneira prática e afetiva essas pessoas durante a fase da doença?
Evidente que residir na mesma casa que uma pessoa infectada aumenta e muito o risco de contaminação. Contudo, sabemos que temos que nos reconhecer como privilegiados se esta moradia permite que a pessoa com suspeita ou testada positivo fique isolada do restante dos moradores. Infelizmente, há milhares de famílias brasileiras que vivem em realidades aonde ter um cômodo exclusivo para isolamento é impossível.
Abaixo reforçamos os cuidados domésticos caso você possua suspeita ou diagnóstico com manifestação leve dos sintomas, ou, até mesmo, encontra-se na mesma casa que alguém nesta situação.
Ao paciente recomenda-se que:
– Permaneça em quarto isolado e bem ventilado. Caso não seja possível isolar o paciente em um quarto único, manter pelo menos 1 metro de distância do paciente. Dormir em cama separada (exceção: mães que estão amamentando devem continuar amamentando com o uso de máscara e medidas de higiene, como a lavagem constante de mãos);
– limite a movimentação do paciente pela casa. Locais da casa com compartilhamento (como cozinha, banheiro etc.) devem estar bem ventilados;
– utilize máscara apropriada todo o tempo. Trocar a máscara seguindo as recomendações do Ministério da Saúde;
– em idas ao banheiro, o doente deve usar obrigatoriamente máscara;
– realize higiene frequente das mãos, preferencialmente com água e sabão, especialmente antes de comer ou cozinhar e após ir ao banheiro;
– não receba visitas;
– só saia de casa em casos de emergência. Caso apresente piora do quadro procure imediatamente o serviço de saúde. Preferindo transportes individuais, sempre que possível.
Ao familiar residente da mesma casa, recomenda-se que:
– Fique em isolamento;
– utilize máscara seguindo as orientações do Ministério da Saúde cobrindo boca e nariz. Nunca tocar ou mexer na máscara enquanto estiver perto do paciente. Após retirar a máscara, o cuidador deve lavar as mãos;
– realize higiene das mãos antes/depois do contato com o paciente, antes/ depois de ir ao banheiro, antes/ depois de cozinhar e comer ou toda vez que julgar necessário;
– atente-se para o cuidado de manuseio de copos, pratos e talheres pelo paciente infectado;
– faça a higienização da casa com água sanitária ou álcool 70;
– toda vez que lavar as mãos com água e sabão, dar preferência ao papel-toalha. Caso não seja possível, utilizar toalha de tecido e trocá-la toda vez que ficar úmida;
– só saia de casa em casos de emergência. Caso esteja contaminado e apresente piora do quadro, procure imediatamente o serviço de saúde. Preferindo transportes individuais, sempre que possível.
Apoie um ente querido que está em tratamento domiciliar para coronavírus
Se por ventura você possua algum amigo ou familiar passando por este momento de fragilidade, ofereça ajuda. Pequenos gestos fazem a diferença no combate do medo e da ansiedade proveniente dos receios de não se recuperar.
Tecnologia como aliada
Demonstrações de afeto são fundamentais para ajudar as pessoas a encarar esta fase de incerteza. Ademais, quem não se sente amparado sabendo que pode contar com ajuda? Usada com qualidade a tecnologia é um ótimo meio para manifestar carinho com troca de mensagens, áudios e chamadas de vídeo, quando possível.
Ajude na rotina
Só não vale entrar na casa e se expor ao risco! Fazer compras, parece uma atitude simples, mas pode proteger muitas pessoas e evitar o risco de contágio. Deixe as compras na porta com um bilhete de carinho, isso tem feito a diferença. Certamente, você está auxiliando na prevenção e prestado uma boa ajuda para pessoas acometidas pela má disposição oriunda da doença.
Compartilhe esperança
Não seja aquela pessoa que dissemina notícias trágicas e sensacionalistas. Lembre-se que neste momento palavras de conforto e superação elevam a moral, afinal há uma grande parte das pessoas se curando do COVID-19.
Referências Bibliográficas
Ministério da Saúde. Coronavirus. 2020. Acessado 25/03/2020. Disponível em https://coronavirus.saude.gov.br/
Ministério da Saúde. Protocolo de Manejo Clínico do Novo Coronavírus na Atenção Primária à Saúde. Brasil. 2020
Nova etapa de estudo estima que 0,22% dos gaúchos testam positivo para Covid-19. Pró reitoria de gestão da informação e comunicação. Universidade de Pelotas. 2020. Disponível em: http://ccs2.ufpel.edu.br/wp/2020/05/13/nova-etapa-de-estudo-estima-que-022-dos-gauchos-testam-positivo-para-covid-19/ Acesso em: 13.05.2020.